Açoriano Oriental
EUA e Coreia do Sul condenam teste nuclear de Pyongyang
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul condenaram o teste de bomba de hidrogénio alegadamente realizado pela Coreia do Norte, prometendo uma resposta adequada ao que consideram uma "provocação" do regime de Kim Jing-un.

Autor: Lusa/AO Online

 

“Apesar de ainda não podermos confirmar estas reivindicações, condenamos qualquer violação às resoluções do UNSC [Conselho de Segurança das Nações Unidas] e voltamos a pedir à Coreia do Norte para que cumpra as suas obrigações e compromissos internacionais”, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca Ned Price.

Os Estados Unidos, afirmou, vão “responder adequadamente a qualquer provocação norte-coreana”.

De igual modo, a Coreia do Sul prometeu tomar “todas as medidas necessárias” para penalizar o país vizinho.

“Condenamos veementemente o quarto teste nuclear da Coreia do Norte, uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, apesar dos nossos repetidos avisos e da comunidade internacional”, afirmou um comunicado do Governo, lido na televisão pelo vice-presidente do Conselho Nacional de Segurança.

A Presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, convocou uma reunião de emergência do conselho assim que o teste foi anunciado.

“Vamos tomar todas as medidas necessárias, incluindo sanções adicionais pelo Conselho de Segurança da ONU (…), para que a Coreia do Norte pague o preço do seu teste nuclear”, indica o comunicado.

A Human Rights Watch também já reagiu, considerando que a prenda mais adequada para Kim Jong-un, que se acredita celebrar o seu aniversário, no dia 08, seria uma visita ao tribunal internacional de Haia.

“Kim Jong-un pode achar apropriado celebrar o seu aniversário com um teste nuclear, mas nem uma bomba de hidrogénio é suficiente para fazer esquecer que a ditadura hereditária da família Kim está assente na sistemática brutalização e abuso do povo norte-coreano”, afirmou em comunicado Phil Robertson, vice-diretor para a Ásia da Human Rights Watch.

“O único presente de aniversário que Kim Jong-un devia receber da comunidade internacional é um bilhete só de ida para o Tribunal Criminal Internacional de Haia, onde devia ser julgado por crimes contra a humanidade”, indica a organização de defesa dos direitos humanos.

No Japão, a polícia intensificou o dispositivo de segurança na associação “Chongryon”, de residentes coreanos, ligada ao regime de Kim Jong-un, localizada no centro de Tóquio.

A “Chongryon” é uma associação de coreanos ‘zainichi’, cujos antepassados chegaram ao Japão na era do domínio colonial japonês sobre a península coreana (1910-1945), e que mantém laços diretos com o Governo de Pyongyang, sendo considerada a embaixada ‘de facto’ do país comunista no arquipélago.

 

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