Açoriano Oriental
Estúdio de rádio da RDP/Madeira já não será transferido para os Açores
As possibilidades de transferência de um estúdio da RDP/Madeira para os Açores e de arrendamento de espaços no centro regional da rádio e da televisão públicas foram afastadas, anunciaram o governo madeirense e administração da empresa.

Autor: Lusa/AO online

 

"Chegou a ser equacionada uma possível transferência de um dos cinco estúdios (rádio), mas chegou-se à conclusão que não faria muito sentido fazer essa transferência. Ela está sem efeito", declarou o secretário dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira, Sérgio Marques, após reunir-se e visitar com a administradora da RTP Cristina Vaz Tomé as instalações do centro regional, no Funchal.

Em declarações aos jornalistas, a administradora corroborou a decisão: "Equacionámos inicialmente um estúdio da rádio, mas depois chegamos à conclusão que não faria muito sentido do ponto de vista tecnológico e, por isso, não o vamos fazer".

O governante insular referiu que a RTP pretende afetar ao centro regional da Madeira, entre 2016 e 2018, 1,7 milhões de euros, o que, no seu entender, vem "preencher as necessidades de investimento" da região.

Outro aspeto focado na reunião foi o "sobredimensionamento" das instalações.

"Há muito espaço livre e acordámos que, relativamente à utilização de espaço que existe, haveria concertação entre o Governo Regional e a administração da RTP, até porque esta casa deriva de uma parceria entre o Governo Regional e a televisão, uma vez que o edifício foi construído e é um investimento da RTP, mas o terreno foi cedido gratuitamente pela região", argumentou Sérgio Marques.

O responsável adiantou que vai "continuar essa parceria relativamente à utilização futura de espaços que sejam considerados redundantes" no edifício, sublinhando que a colaboração entre o executivo insular e a administração deste canal "saiu reforçada" do encontro de hoje.

Questionado se a solução de utilização dos espaços livres no centro regional da RTP/Madeira passa pelo arrendamento, o responsável respondeu: "Não forçosamente".

"Veremos qual o espaço que é redundante e depois, em diálogo e parceria entre o governo e a administração da RTP, veremos qual a melhor finalidade a dar a esses espaços", adiantou, considerando que, "eventualmente, até poderão ser para utilização de serviços públicos".

Ainda assim, sublinhou, "nesta fase é muito prematuro" aventurar quais.

"Vamos ver como é que podemos otimizar a ocupação de espaços e depois se pensará o que se vai fazer. Mas para já não estamos a pensar em arrendar nada", acrescentou Cristina Vaz Tomé.

Falando dos objetivos da administração da empresa para o edifício da RTP/Madeira, a responsável apontou que passam por "tornar as instalações muito mais dotadas tecnologicamente, porque carecem dessa modernização", além de aumentar a fluidez da colaboração entre as diferentes áreas e "torná-lo num centro muito mais moderno e adequado àquilo que é uma empresa do audiovisual no século XXI".

Há ainda um projeto para digitalizar, preservar e facultar o acesso ao máximo número de pessoas do arquivo existente na RTP/Madeira, uma iniciativa que deverá ser lançada no próximo ano.

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