Açoriano Oriental
Escritor Álamo Oliveira doa seis mil livros à sua junta de freguesia na ilha Terceira
O escritor açoriano Álamo Oliveira doou cerca de seis mil livros da sua coleção pessoal à junta de freguesia do Raminho de onde é natural e a autarquia criou uma biblioteca com o nome do autor.
Escritor Álamo Oliveira doa seis mil livros à sua junta de freguesia na ilha Terceira

Autor: Lusa/AO Online

"Sendo eu do Raminho e ficando o Raminho distante das duas cidades [da ilha Terceira], achei que seria uma mais-valia para as pessoas consultarem livros, para se fazer recitais de poesia ou apresentações de livros", explicou o autor, em declarações à Lusa.

Na Biblioteca Álamo Oliveira, inaugurada hoje, na freguesia do Raminho, do concelho de Angra do Heroísmo, é possível encontrar "muita ficção, muita poesia e muito teatro", mas também livros de arte e de história, bem como revistas temáticas, suplementos culturais dirigidos pelo escritor e recortes de jornais com textos dele.

No entanto, o grande destaque da biblioteca vai para a coleção de literatura açoriana, guardada ainda na casa do escritor, que continua a viver na sua freguesia natal.

"São livros que eu fui juntando. Comprei muitos e sou amigo de muitos autores", explicou, acrescentando que a coleção de livros de autores açorianos é "a mais interessante".

Para o escritor, mais importante do que disponibilizar os livros para consulta e requisição, é incentivar a leitura, para que a biblioteca não seja "uma sala fechada", por isso, será criado para já um pequeno grupo de leitura.

"Estamos a tentar começar com um grupo muito pequeno para ver se há uma espécie de contaminação", contou.

Na "esperança" de que a biblioteca incentive a população da zona noroeste da ilha Terceira a ler mais, serão criadas também outras iniciativas, como apresentações de livros ou pequenos recitais, com música.

Álamo Oliveira lançou o primeiro livro de poesia com 26 anos, tendo também publicado peças de teatro, romances, contos e ensaios.

Aos 69 anos, o autor conta com quase 40 obras editadas, sendo a última "Marta de Jesus, a verdadeira", mas está a pensar em reeditar os seus romances já esgotados, como "Pátio d'Alfândega Meia-Noite" ou "Já não gosto de chocolates".

O escritor açoriano tem poesia e prosa traduzidas em inglês, francês, italiano, espanhol, croata, esloveno e japonês.

 

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