Açoriano Oriental
Empresários, lavoura e sindicalistas pedem modelo para os Açores assente na competitividade
O organismo representativo dos empresários açorianos, a UGT/Açores e responsáveis pela lavoura de São Miguel divulgaram hoje um manifesto onde defendem um novo rumo para a região baseado na competitividade, visando gerar emprego.
Empresários, lavoura e sindicalistas pedem modelo para os Açores assente na competitividade

Autor: Lusa/AO Online

“A nova aposta deverá ser clara: a construção de uma economia mais sólida baseada na competitividade e na produção de bens transacionáveis suscetíveis de serem exportados ou de substituírem importações, num quadro gerador de emprego sustentável que permitirá maior coesão e justiça social”, defende-se no documento hoje divulgado.

A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA), a Associação Agrícola de São Miguel (AASM) e a UGT/Açores preconizam no manifesto, denominado “Construir a sustentabilidade do emprego com base na competitividade”, que o “vetor central" deve ser a valorização da produção local assente na capacidade de competir das empresas.

Os autores do texto entendem que “é imperioso” que os recursos correntes consumidos pelo setor público absorvam uma percentagem “substancialmente inferior aos atuais mais de 100% das receitas próprias” da região e que os investimentos públicos “o sejam de facto e não apenas despesas correntes disfarçadas”.

O manifesto condena também um empreendedorismo público “baseado em recursos alheios sem responsabilização dos gestores e tutelas” e pede que se devolva ao setor privado a “primazia da ação económica”.

os autores do texto entendem que cabe à iniciativa privada criar postos de trabalho e que a inversão do desemprego para níveis anteriores à crise precisa de novas políticas, "que garantam um efetivo crescimento económico".

"Enquanto tal não ocorrer, os poderes públicos deverão desenvolver políticas ativas de apoio à criação de competências e manutenção de emprego, bem como, e sobretudo, melhorar o ambiente competitivo das empresas”, defende-se no documento.

Considerando que a fiscalidade “é um instrumento agora subutilizado”, as três entidades consideram "indispensável” que sejam lançadas mais medidas que ajudem a dinamizar a economia e a promover o crescimento e o emprego, bem como "uma estratégia de desagravamento fiscal que conduza ao reforço da competitividade das empresas e de crescimento de rendimento das famílias”.

O manifesto é também apologista de um novo modelo de formação profissional, em que a definição das políticas e o seu acompanhamento tenha uma “maior participação e intervenção” dos parceiros sociais.

“Um modelo de gestão tripartida – governo, associações empresariais e associações sindicais pode e deve ser uma abordagem a considerar neste particular”, frisa o texto.

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