"Tive a oportunidade de verificar que nos últimos dois meses em termos de venda [os empresários] assinalam uma boa recuperação", disse Manuel Pinho no final da visita à empresa Planimolde, sublinhando que esta é uma "indicação importante".

A presença do ministro nesta empresa, que produz moldes para a indústria automóvel e para as áreas médica, de electrónica e eléctrica, integrou uma jornada de trabalho que incluiu a visita a outras unidades fabris e um almoço com cerca de 20 empresários.

Manuel Pinho considerou que "várias empresas notam, nos últimos dois meses, uma boa recuperação das vendas, nalguns sectores, inclusivamente, vendas iguais às do ano passado", mas recusou generalizar a situação.

"Naturalmente, é muito prematuro extrapolar isto para o resto do país e para o conjunto da economia, mas este tipo de informação é muito importante", destacou, recusando no entanto dizer se tal significa que a crise está a ser ultrapassada.

"Ninguém pode garantir quando é que se vai ultrapassar a crise", sustentou o responsável, considerando, no entanto, que "a crise se vai ultrapassar tanto mais rapidamente quanto lutarmos para a vencer e para sairmos mais fortes dela".

Segundo Manuel Pinho, a presença na região pretende mostrar que está disponível para ajudar os empresários "a ultrapassar os seus problemas".

"Muitas vezes são pequeninas coisas que param os projectos das empresas. Ao tomarmos nota disto, tentamos resolver", declarou, garantindo que no próximo mês estará novamente na região de Leiria "para ver se há mais questões ou para ver se estas foram bem resolvidas".

Questionado sobre os pedidos que lhe foram dirigidos, o ministro da Economia e da Inovação, referiu, sem as precisar, que "os empresários do distrito de Leiria, como de todo o país, são muito razoáveis" e "aquilo que pedem é perfeitamente legítimo".

Sobre o sector dos moldes, um dos mais representativos do concelho da Marinha Grande, reconheceu que "os prazos de recebimento alongaram-se", além de que as empresas "têm dificuldade em descontar as facturas de encomenda e isso aumenta brutalmente a incerteza para o sector".

"É uma questão difícil de resolver", admitiu ainda o governante.