Açoriano Oriental
Empresário Antero Rego condecorado com grau de comendador
O empresário micaelense Antero Gil de Viveiros Rego recebeu ontem as insígnias do grau de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial das mãos do Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, José António Mesquita.

Autor: Olímpia Granada
A imposição destas insígnias da Classe de Mérito Comercial decidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, decorreu no salão do Convento de Belém, em Ponta Delgada, durante uma cerimónia a que assistiu, também, o presidente do Governo Regional, Carlos César.
Mota Amaral, Chanceler das Ordens Nacionais, recomendou o nome de Antero Rego de quem assumiu ser “amigo, primo e compadre”.
Mas, explicou, a proposta que fez sustentou-se no sucesso do percurso do empresário e nos resultados alcançados por Antero Rego que criou um grupo de empresas nos Açores que já se expandiu ao continente português, contribuindo assim para o desenvolvimento da Região e criação de postos de trabalho.
“Um curriculum que foi sujeito a apreciação e aprovado”, disse.
De resto, sublinhou Mota Amaral na ocasião, a sua proposta foi feita depois da própria sociedade micaelense, através da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), ter atribuído em 2006 o prémio Percurso Empresarial a Antero Rego.
Recorde-se que a CCIPD criou este prémio com o objectivo de distinguir o dinamismo, a visão e a capacidade empreendedora e, ainda, reconhecer os exemplos de dedicação às empresas e ao desenvolvimento da Região.
José António Mesquita, por sua vez, fez questão de recordar um adágio popular:”- A sorte dá muito trabalho”.
Em declarações à margem da cerimónia, Antero Rego confessou-se “satisfeito”, até porque “nunca pensei que recebesse esta comenda...”
“Fui surpreendido e, evidentemente, que tenho que confessar que estou satisfeito porque foi reconhecido todo o meu percurso de vida”, disse.
Questionado sobre as razões que o motivaram há cerca de 40 anos a começar, a partir do nada, um negócio que transformou no actual grupo de empresas com interesses em diversas áreas de actividade, Antero Rego respondeu que foi uma “luta” mas “para isso não tenho explicação”.
“Com certeza alguma sensibilidade, alguma aspiração, querer desenvolver alguma coisa e... foi como aconteceu”, comentou.
O empresário reconhece, contudo que não foi fácil e recordou, por exemplo, que se “tinha estabelecido há uns três anos quando ocorreu a Revolução de 25 de Abril de 1974 , que assustou!”
No entanto, considerou que “depois as coisas compuseram-se e essa data até acabou por ser favorável porque tudo se desenvolveu mais”.
Mas, enfim, diz o empresário agraciado pelo Presidente da República, no meio empresarial “os sustos são praticamente diários, principalmente quando se têm responsabilidades, se está à frente de algumas empresas e com os postos que nós já temos”.
Refira-se que o Grupo Ilha Verde tem actualmente cerca de 200 colaboradores directos.
Convidado a comparar as dificuldades actuais com as de há 40 anos para quem pretende investir, Antero Rego não hesitou.
“Era muito mais difícil”, afirmou.
“Recordo que na altura em que eu comecei considerava-se que o Campo de São Francisco, onde temos a nossa sede, ficava fora da cidade...portanto, eu julgo que isso já diz tudo”, comentou Antero Rego.
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