Autor: Lusa/AO online
"Hoje, na assinatura da adesão do SINDEL ao acordo de empresa da EDA, foi solicitado ao seu presidente que nas empresas do grupo em que esta é maioritária, haja a possibilidade de fazer também um acordo para os trabalhadores", declarou à agência Lusa Rui Miranda.
O sindicalista, que falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, afirmou que a elétrica açoriana "está disponível para entregar, até final do ano, um documento que servirá de base às negociações" entre o conselho de administração e a estrutura sindical, estando em causa trabalhadores das empresas SEGMA e EDA Renováveis.
"Não podemos dizer como é o documento, só poderemos depois começar a trabalhar nele, juntamente com os outros sindicatos, para tentar regular, na EDA, todos os trabalhadores, o que, para nós, é uma satisfação", afirmou o dirigente.
Rui Miranda está convicto que o processo relativo aos trabalhadores sem adesão ao acordo de empresa tem todas as condições para avançar porque "aquelas que eram as dificuldades que a própria EDA tinha, relacionadas com o Orçamento do Estado, estão ultrapassadas".
Segundo o sindicalista, a Região Autónoma dos Açores é detentora de mais de 50% do capital da EDA, que possuiu cerca de mil trabalhadores, o que "criou muitas dificuldades", tal como aconteceu com outras empresas no continente em que o Estado é maioritário.
O sindicalista remeteu para mais tarde as negociações com a administração da elétrica açoriana relativas a outras empresas do grupo EDA em que esta não é detentora de 100% do capital social.
São acionistas da EDA a Região Autónoma dos Açores, com 50,1%, a ESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A., com 39,7%, a par da EDP - Gestão da Produção de Energia, S.A. (10 %) e pequenos acionistas e emigrantes (0,2%).