"Estes são dados preliminares referentes à recolha de lixo numa área de
apenas 200 metros quadrados", adiantou a mesma fonte, referindo que, segundo os
mergulhadores que estiveram no local, estes resíduos correspondem a apenas 10%
da quantidade total de lixo que se encontra no fundo do mar naquela zona.

As cerca de 90 pessoas que colaboraram desde o início da manhã nesta
iniciativa, organizada em conjunto pelo OMA e pela Associação de Pescadores de
Espécies Demersais do Açores (APEDA), contabilizaram cerca de 1.500 quilos de
vidro (garrafas), 350 quilos de cabos de pesca (nylon), 100 quilos de pneus de
amarração e 60 quilos de plástico.

"Encontrámos também uma quantidade assinalável de outro tipo de resíduos,
como pilhas, baterias, telemóveis e botas de pescadores", adiantou a mesma fonte
do OMA.

Esta ação de limpeza no porto da Horta, denominada "Limpa (a) Fundo", está
integrada nas comemorações do Dia Nacional do Mar e visava ser uma forma de
sensibilizar os pescadores e a comunidade em geral para a necessidade de
preservarem o mar.

As várias ações de limpeza que regularmente são realizadas no porto da Horta
já permitiram verificar, entretanto, que existe uma redução de determinados
tipos de lixo, como baterias e pneus.

O OMA, uma associação sem fins lucrativos de cariz científico e cultural,
pretende continuar a realizar, no futuro, este tipo de limpezas.

"Para já, vamos ver um vídeo feito hoje do fundo do mar nesta zona do porto
da Horta, para percebermos melhor a quantidade de lixo que ainda existe aqui e
avaliar outras formas de ação", referiu a fonte.