Autor: Lusa/AO online
“Algo correu mal, porque com os maiores Planos de sempre anunciados pelo Governo Regional chegou-se à maior crise de sempre”, declarou Duarte Freitas, à agência Lusa, à margem de uma visita ao Centro de Convívio para Idosos de Ponta Garça, na ilha de São Miguel.
O presidente dos sociais-democratas afirmou que está a tentar com as pessoas “perceber o que é que correu mal e o que é que se pode fazer diferente”, algo que considera que o atual executivo açoriano, já “não consegue” por se encontrar “esgotado”.
O presidente do PS/Açores e do Governo Regional, que se encontra em visita oficial à ilha do Pico, declarou hoje que 40% do orçamento dos Açores para 2015 se destina ao investimento público.
Vasco Cordeiro sublinhou que enquanto nos Açores o plano de investimentos públicos para 2015 absorve 40% do orçamento regional, “no caso da República, as verbas que são direcionadas para o investimento representam cerca de 0,34% do montante total do Orçamento” do Estado.
“Neste momento, andamos a ouvir as açorianas e os açorianos, de novo com diálogo, olhos nos olhos, sem ser de cima para baixo, de forma verdadeira, não apenas burocrática e com humildade, tentando perceber o que é que correu mal e que se pode fazer diferente”, declarou Duarte Freitas, que afirma estar a preparar desta forma o parecer do PSD/Açores sobre o Plano de 2015.
Duarte Freitas disse que ouviu o presidente do Governo dos Açores “gabar-se” que o executivo açoriano vai ter 40% do Plano de 2015 destinado ao investimento, o que considera que “não é inédito”, frisando que, nos últimos anos, houve documentos com “muito mais” verbas canalizadas para o efeito sem resultados.
Duarte Freitas considera que “não foi por falta de dinheiro” que a região se encontra na situação em que está, salvaguardando que “quem se gaba de ter tanto dinheiro não terá falta dele”.
“Não vale a pena, de novo, agitar com grandes números, com grandes milhões porque, infelizmente, a situação dos açorianos não é aquela que deveria ser em termos de emprego, em termos sociais, na área da Educação e da Saúde. É muito pior do que deveria ser”, declarou.
O líder do PSD/Açores referiu ainda que os açorianos estão a ser confrontados com “enormes dramas” sociais, na Saúde e na Educação, áreas onde os Açores possuem competências próprias e que não têm sido exercidas pelo Governo Regional com “eficácia”.
Num momento em que o executivo açoriano “dialoga de forma burocrática, de cima para baixo”, o partido entendeu que se deve promover uma política contrária, de “proximidade” com as pessoas e “sem arrogância”, ouvindo as comunidades de cada localidade açoriana, como é o caso de Ponta Garça.