Segundo o Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, fixou-se no ano passado em 225,8 mil milhões de euros, o que significa uma revisão em alta de 0,5 mil milhões de euros face ao inicialmente previsto.

No entanto, este aumento não se refletiu no valor da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), que foi igualmente revisto em alta, mantendo-se por isso em 130,2%.

O Banco de Portugal explica que estas revisões correspondem à inclusão dos montantes associados aos contratos “no âmbito de derivados financeiros para cobertura de risco de taxa de juro e cambial” (‘swaps’), geridos pelas administrações públicas.

Em agosto, a dívida pública tinha aumentado já 3,3 mil milhões de euros face ao final do ano anterior, em resultado das emissões líquidas de títulos (7,4 mil milhões de euros) e ao aumento das responsabilidades de por depósitos (3,3 mil milhões de euros), nomeadamente Certificados de Aforro e do Tesouro.

Registou-se, por outro lado, uma redução de empréstimos (-7,4 mil milhões de euros) por via da amortização antecipada dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O aumento da dívida foi acompanhado de uma redução de depósitos da administração central (-1,2 mil milhões de euros).

A dívida líquida de depósitos da administração central atingia os 212,7 mil milhões de euros em agosto de 2015, o que corresponde a um acréscimo de 4,5 mil milhões de euros em comparação com o final de 2014.