Autor: Lusa/AO online
Provisoriamente batizado de RR245, o nano-planeta tem um diâmetro de cerca de 700 quilómetros e faz uma das maiores órbitas para essas dimensões, segundo o Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, na sigla em francês) da França, um dos membros da equipa.
Numa órbita que o CNRS classificou como improvável e que o planeta demora 700 anos a completar, a luz solar demora 18,5 horas terrestres a chegar à superfície do RR245.
O astro, descoberto na Cintura de Kuiper, foi detetado pela primeira vez com um telescópio localizado em Mauna Kea, no Havai, em fevereiro passado, a partir de imagens originadas em setembro de 2015.
É “um dos escassos planetas-anões que sobreviveram até aos nossos dias, como Plutão e Eris, os maiores planetas-anões conhecidos”, disse o CNRS.
Apenas foi observado durante um ano, pelo que os cientistas dizem que não se sabem as suas origens e como vai evoluir a órbita no futuro, mas admitem que o seu tamanho e luminosidade permitem ser estudados para tirar mais conclusões acerca do Sistema Solar.
A equipa de investigação afirma que a grande maioria dos planetas-anões foi criada durante o caos provocado quando os planetas gigantes se deslocaram para tomarem as atuais posições.