Autor: Lusa/AO online
O PMI, índice compósito que analisa a atividade económica dos agentes privados, ao nível da produção, novas encomendas, entregas, inventários e emprego - ficou nos 46,6 pontos em agosto (46,5 pontos em junho), abaixo dos 50 pontos que marcam o limite entre a contração e o crescimento.
As novas encomendas caíram pelo 13.º mês consecutivo, ainda que a um ritmo menor que o registado em julho, assim como as novas encomendas para exportações registaram a contração mais acelerada desde novembro do ano passado, o que mostra a "debilidade do mercado da zona euro", segundo a empresa consultora.
A contração no setor manufatureiro sofreu o ritmo mais intenso, embora a descida na produção tenha sido mais leve face ao mês anterior.
Além disso, a desaceleração económica levou a uma descida do nível de emprego pelo oitavo consecutivo, com o encerramento de fábricas tanto no setor manufatureiro como no dos serviços.
Os custos do setor dos serviços aumentaram em agosto devido à subida dos preços dos alimentos, petróleo e transportes, visto que os preços pagos no setor manufatureiro caíram.
Quanto aos preços cobrados, verificaram-se descontos em ambos os setores.
De acordo com o economista da empresa Markit Rob Dobson, esta evolução dos dados indica que a economia da zona euro voltará a registar uma recessão durante o terceiro trimestre do ano.
O economista defende que para mudar a perspetiva negativa seria "necessária uma recuperação importante em setembro".