Açoriano Oriental
Deco pede intervenção da ASAE junto de distribuidores por causa das etiquetas energéticas
A Deco vai pedir a intervenção da ASAE junto dos distribuidores de eletrodomésticos depois de ter verificado que apenas 14 das 50 lojas que visitou em todo o país apresentava etiquetas energéticas em esquentadores e termoacumuladores.
Deco pede intervenção da ASAE junto de distribuidores por causa das etiquetas energéticas

Autor: Lusa/AO Online

Em declarações proferidas hoje à agência Lusa, Fátima Martins, da associação de defesa do consumidor, explicou que a Deco decidiu visitar em setembro e outubro, de forma anónima, 50 lojas de eletrodomésticos na zona da Grande Lisboa, do Grande Porto, da Mealhada, de Coimbra e de Leiria.

“A Deco decidiu avançar com um estudo, mais de um ano depois de ter entrado em vigor [setembro de 2015] a obrigatoriedade das etiquetas energéticas nos esquentadores, termoacumuladores, caldeiras murais e aparelhos de ar condicionado, entre outros”, disse.

Durante a visita às lojas, explicou Fátima Martins, a Deco verificou que existiam diversas infrações e que o regulamento não estava a ser cumprido.

“Das 50 lojas físicas que visitámos, apenas 14 apresentavam na sua grande maioria produtos com etiqueta, 29 tinham apenas em alguns artigos e sete lojas não tinham nenhum dos eletrodomésticos com etiqueta”, adiantou a coordenadora do projeto.

A Deco visitou também 13 lojas virtuais, na Internet, e verificou que apenas uma tinha etiquetas na maioria dos seus produtos, seis tinham em alguns e outras seis não possuíam qualquer etiqueta nos artigos.

“Só 14 lojas físicas e uma ‘online’ tinham a etiqueta, em pelo menos 75% dos produtos. Verificámos também que nem sempre a mesma cadeia de lojas revelou comportamento idêntico, o que nos leva a concluir que não depende do distribuidor, mas de quem gere o estabelecimento”, sublinhou.

Por isso, salientou Fátima Martins, a Deco decidiu comunicar os resultados à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entidade responsável pela fiscalização, pedir-lhe para intervir e questionar sobre o que tem sido feito para aferir o cumprimento dos regulamentos aplicáveis.

“A DECO vai também comunicar os resultados à Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que representa o setor, para que esta possa fazer uma ação pedagógica e de sensibilização junto dos associados”, disse.

Fátima Martins disse ainda que a associação aconselha os consumidores, sempre que estejam à procura de equipamentos, a terem em conta a eficiência energética dos mesmos e, se a informação não estiver disponível, devem sempre questionar as lojas.

A Deco indica no estudo, publicado na Deco Proteste de dezembro, que a colocação das etiquetas (através de letras, cores e números ajudam o consumidor a comparar a eficiência dos aparelhos) é da responsabilidade dos distribuidores.

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