Durante uma conferência promovida pelo jornal Diário Económico, realizada num hotel de Lisboa, Pedro Passos Coelho referiu que o executivo PSD/CDS-PP está, de forma "tranquila e confiante", e com "conforto financeiro", a ponderar "os prós e os contras" de requerer ou não uma linha cautelar.

"Nós comunicaremos [a decisão] aos portugueses e aos nossos parceiros europeus antes da reunião do Eurogrupo", acrescentou. "Será antes de dia 5 de maio", precisou, depois de considerar que o Governo só deve falar deste assunto quando estiver "concluída a última avaliação" ao programa de resgate a Portugal.

O primeiro-ministro declarou não querer, "nesta fase, alimentar nenhuma especulação sobre a decisão do próprio Governo", apontando, desde logo, uma razão de natureza formal.

"Nós não concluímos ainda sequer a 12.ª avaliação. Costuma-se dizer que não devemos esfolar um coelho antes de o caçar, e eu que estou aqui, que sou coelho, não gostaria de ser caçado antes de poder dizer: nós concluímos todos os exercícios do programa de ajustamento. Falaremos da saída do programa quando o relatório da última avaliação estiver em cima da mesa", disse.

"Nós precisamos de ver com serenidade o resultado da última avaliação, até porque ela tenderá a ser uma avaliação mais global. Julgo que devemos aguardar a conclusão, portanto, desta 12.ª avaliação", reforçou.