Autor: Ao Lusa
“Temos conseguido ter em todas as atividades cerca de 10% da população envolvida, o que é de considerar”, afirmou à Lusa o presidente da câmara de Vila do Corvo, José Manuel Silva, acrescentando que o projeto “tem sido um sucesso, porque tem captado pessoas de várias faixas etárias”.
Numa ilha com apenas 17,13 quilómetros quadrados, onde não há ginásio, nem piscina coberta e as novas tecnologias “ocupam muito tempo” à população, uma vez que o acesso à internet é gratuito, a autarquia decidiu iniciar em janeiro um projeto desportivo para tentar combater o sedentarismo.
Desde o início do ano que a autarquia conta com os serviços em permanência de um professor de Educação Física, que trabalha ao abrigo do programa subsidiado pelo Governo Regional “Estagiar L”, e que apresentou ao município um plano de atividades para levar a cabo o projeto “Corvo em movimento”.
Segundo José Manuel Silva, além das aulas de ginástica duas vezes por semana, “muito procuradas pelas mulheres”, têm decorrido campeonatos de futebol e voleibol no polidesportivo, trilhos, entre outas atividades, “sempre com muita adesão da população”.
O autarca adiantou que para já o professor de Educação Física tem estágio assegurado até novembro, sendo que para a Câmara o custo mensal “é muito reduzido”, porque paga apenas 110 a 120 euros, referentes ao subsídio de refeição e seguro de acidentes de trabalho.
Apesar de o Corvo ter um clube desportivo escolar, José Manuel Silva disse que este agrupamento “não tem grande atividade” no presente e o projeto “Corvo em movimento” permite envolver os jovens e os menos jovens, levando-os “a praticar desporto e tirando-os de outras coisas, como as redes sociais”.
Há vários anos que Vila do Corvo, único aglomerado populacional na ilha, ficou toda coberta por uma rede de internet sem fios, o que permite a qualquer pessoa aceder gratuitamente à rede. A fibra ótica chegou ao Corvo em novembro, o que “melhorou bastante” as comunicações.