Autor: lusa
"Precisamos de avaliar o impacto geral de tudo o que está a ser estudado em matéria de regulação do setor bancário", disse Vitor Constâncio aos jornalistas à margem da reunião de ministros das Finanças e de presidentes de bancos centrais da União Europeia, que decorre em Madrid.
Dado que os estudos de impacto não estão concluidos, é "um pouco prematuro" decidir, acrescentou.
O governador do Banco Central italiano, Mario Dragui, também defendeu que deve ser avaliado o impacto no setor bancário antes de impor a taxação.
Constâncio considerou ainda que a taxação dos bancos "deve estar ligada aos planos de garantia dos depósitos e se possível deve ser usada apenas para os problemas de reestruturação e de falência no setor bancário, não para outros objetivos".
Entre as questões em discussão em Madrid contam-se uma taxa sobre a banca, a capitalização e a emissão de dívida, que não pode ser transformada em equidade "em situações de crise".
A Comissão Europeia quer que o futuro fundo de resgate financeiro inclua contribuições dos próprios bancos, com base no princípio de que "quem contamina paga" e de que entidades que afetem o setor têm que responder perante o setor.
Essa proposta foi hoje apresentada aos ministros das Finanças e aos chefes dos bancos centrais Europeus, reunidos em Madrid, pelo comissário europeu do Mercado Interno e Serviços, Michel Barnier.