Autor: Lusa/AO On line
Em declarações à agência Lusa, o presidente do CNECV, Miguel Oliveira da Silva, defendeu que as questões bioéticas “não devem ser tratadas apenas por especialistas, mas com o maior número de cidadãos, governantes e decisores políticos”.
“Queremos saber a sensibilidade e a formação e informação dos nossos políticos, e decisores políticos” sobre estes temas, disse.
Miguel Oliveira da Silva exemplificou com os temas que estarão em debate na Fundação Calouste Gulbenkian: Nanotecnologia e Organismos Geneticamente Modificados (OGM).
“São dois exemplos de questões que abrem grande promessa e expetativa, acompanhadas de enormes apreensões e medos de muita gente”, adiantou.
Sobre a nanotecnologia, o presidente do CNECV lembra que desta se esperam “medicações individualizadas, para melhorar o diagnóstico e a terapêutica e, logo, mais e melhor qualidade de vida”.
Por outro lado, disse, “há apreensões em relação a estes nano fármacos e aplicações”.
Em relação aos OGM, Miguel Oliveira da Silva disse que, se por um lado “permitem alterar os nossos alimentos e podiam ser um imenso instrumento na luta contra a fome, com alimentos mais baratos e seguros, por outro desconhecem-se os riscos a longo e médio prazo”.
Miguel Oliveira da Silva quer saber qual a perceção que a sociedade tem “disto tudo”. “Existem ideias erradas que é preciso desfazer e queremos saber a sensibilidade política para esta matéria”.