De acordo com Ricardo Madruga da Costa, um dos quatro conselheiros externos do Conselho Geral da Universidade dos Açores, a renúncia será formalizada na reunião do órgão da academia açoriana prevista para 21 de janeiro.

Entre outras funções, cabe ao Conselho Geral aprovar as linhas gerais de orientação da universidade nos planos científico, pedagógico, financeiro e patrimonial, definir metas e objetivos de gestão, em termos de resultados, e acompanhar a gestão no que respeita ao cumprimento destes requisitos.

Este órgão emite ainda normas gerais sobre a gestão administrativa e financeira da universidade e aprova o relatório anual e as contas, elaborados sob a responsabilidade do reitor, entre outras funções.

Os estatutos determinam que caberá ao professor Mário Fortuna, na qualidade de conselheiro mais antigo e mais qualificado do Conselho Geral, coordenar agora o processo que irá conduzir à substituição de Madruga da Costa como conselheiro externo e, consequentemente, como presidente do órgão de gestão da academia externa.

Numa primeira fase, Mário Fortuna, docente responsável pelo Departamento de Economia e Gestão da academia açoriana, terá de promover uma reunião com os 11 conselheiros eleitos, da qual sairá, por voto secreto, o nome oriundo da sociedade civil que irá substituir Madruga da Costa.

Esse nome irá juntar-se aos conselheiros externos Gualter Furtado, presidente do Novo Banco dos Açores, José António Resendes, gestor, e César Malheiro, da Portugal Telecom.

Após a substituição de Ricardo Madruga da Costa como conselheiro, elege-se o novo presidente do Conselho Geral, em reunião extraordinária deste órgão, por voto secreto.

Madruga da Costa, eleito pela primeira vez em 2009 para presidente do Conselho Geral da Universidade dos Açores e novamente em 2013, assumiu a liderança deste órgão de gestão numa fase conturbada da academia açoriana, devido às dificuldades financeiras, que conduziram à necessidade de uma intervenção por parte do Ministério da Educação, ainda hoje em vigor.

Historiador açoriano, natural da ilha do Faial, Madruga da Costa tem-se dedicado ao estudo das relações entre os Açores e os Estados Unidos da América, no contexto da história do Atlântico, em particular no século XIX.

Madruga da Costa é doutorado em História pela Universidade dos Açores. Tem publicadas várias obras e já desempenhou funções governativas no executivo açoriano.