Autor: Ana Carvalho Melo
“Uma vez que o atual edifício já comporta no rés-do-chão um quartel de bombeiros e uma aerogare no primeiro piso, pretende-se ampliar os dois pisos, que necessitam de obras urgentes”, declarou à agência Lusa o presidente deste organismo, José Manuel Silva.
A reivindicação consta no memorando enviado ao Governo Regional, que inicia na quarta-feira a visita estatutária ao Corvo, ilha do grupo ocidental do arquipélago que tem cerca de 450 habitantes.
José Manuel Silva, que é também presidente do município do Corvo, único concelho da ilha, precisou que o quartel de bombeiros “já há muito tempo que atingiu o seu ponto de rutura” e a aerogare também "necessita de mais espaço para cumprir com todas as exigências” determinadas pelas autoridades da aviação.
Na área dos transportes, os conselheiros pedem a “alteração e calendarização de viagens da embarcação ‘Ariel’ na época alta”, assinalando ser de “considerar a época alta com viagens diárias entre 01 de junho e 01 de outubro”.
Por outro lado, querem que a obra do porto da Casa contemple um armazém para separação da carga contentorizada e pedem uma “solução para a chegada de contentores de vinte pés com mais de oito toneladas à ilha”.
Quanto à saúde, entendem ser necessária a “viabilização da realização de exames exigidos pela medicina no trabalho no Corvo”.
“Queremos, também, na área da saúde, uma maior celeridade e compromisso na obtenção de consultas da especialidade para os utentes”, declarou José Manuel Silva, manifestando o desejo de serem salvaguardadas para os utentes do Corvo consultas de especialidade nos hospitais da região, evitando listas de espera dado que a população é diminuta.
O autarca adiantou que o Conselho de Ilha do Corvo pretende, igualmente, ver mantidos os apoios à habitação degradada e à Misericórdia local, notando que esta instituição “debate-se com alguns problemas, uma vez que, dada a sua dimensão, as verbas de que necessita não abundam”.
A substituição da atual grua que serve as embarcações de pesca e uma proposta de diversificação da oferta cultural são outros dos pedidos do Conselho de Ilha, organismo consultivo que inclui autarcas e representantes dos sindicatos e associações empresariais, além de outras entidades ligadas ao ambiente, às pescas ou à agricultura.
A visita estatutária ao Corvo termina na quinta-feira às 07:30 locais (mais uma hora em Lisboa) com a leitura do comunicado do Conselho do Governo.
O Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores determina que o executivo regional visite cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo se reúna na ilha visitada.