Açoriano Oriental
Comissão Europeia diz desconhecer ameaças jihadistas
A Comissão Europeia disse hoje desconhecer a existência de ameaças jihadistas, em reação a notícias da comunicação social, segundo as quais a sede em Bruxelas poderia ser o alvo de combatentes extremistas de regresso da Síria.
Comissão Europeia diz desconhecer ameaças jihadistas

Autor: Lusa / AO online

 

“A Comissão não recebeu qualquer informação sobre ameaças específicas”, declarou um porta-voz, remetendo para as autoridades qualquer outro esclarecimento.

Hoje de manhã não eram visíveis quaisquer reforços da segurança no perímetro à volta da Comissão Europeia, segundo a agência de notícias francesa AFP.

As autoridades belgas confirmaram no sábado terem feito várias detenções com o intuito de impedir os jihadistas de cometerem atentados.

No sábado, o canal público holandês de televisão e rádio NOS avançou que pelo menos duas das pessoas presas pelas autoridades belgas estavam em Haia.

“Eles preparavam um ataque. Um dos alvos era o edifício da Comissão Europeia, em Bruxelas”, afirmou o canal NOS, citando fontes não identificadas.

“Os comissários não eram visados individualmente. A ação seria semelhante ao ataque ao Museu Judaico (…) com o objetivo de matar o número máximo de pessoas”, acrescentou o canal.

O suspeito no atentado do Museu Judaico, em Bruxelas, em maio, que matou quatro pessoas, é o francês Nemmouche Mehdi, que esteve mais de um ano na Síria, nas fileiras dos extremistas islâmicos, e que está atualmente preso na Bélgica sob a acusação de “assassínio ligado a uma entidade terrorista”.

Os edifícios da Comissão Europeia, em Bruxelas, acolhem milhares de funcionários entre os altos responsáveis pela gestão do quotidiano da União Europeia e dos seus 28 países.

Bruxelas abriga igualmente a sede da NATO e várias outras empresas e organizações internacionais, mas as medidas de segurança são discretas.

Estima-se que cerca de 400 pessoas de nacionalidade belga tenham deixado o país para combater nas fileiras do grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico (EI), sendo que 90 delas regressaram ao país.

A Bélgica, à semelhança de outros países europeus, está preocupada com o número crescente de concidadãos que vão combater na Síria e no Iraque e que podem regressar ao país com posturas ainda mais radicais.

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