Açoriano Oriental
Comissão alerta para perigo de "ruína eminente" de edifícios
A comissão do Parque Mayer na Assembleia Municipal de Lisboa vai alertar hoje para o “risco de ruína eminente” de edifícios e para as contrapartidas financeiras que a Bragparques, antiga proprietária do espaço, deve aos comerciantes do local.

Autor: Lusa/Ao online
Num relatório da comissão eventual do Parque Mayer, que vai ser discutido hoje, a que a Lusa teve acesso, os deputados municipais chamam a atenção para a “precariedade das instalações, algumas em risco de ruína eminente ainda em funcionamento no Parque com graves riscos de segurança e salubridade para os seus utentes”.

    “Apesar da saída posterior da Bragaparques do local, permanecem por resolver as contrapartidas financeiras devidas”, refere o relatório.

    A comissão elaborou uma recomendação à Câmara, em que pede “que sejam assegurados os direitos ou compensações àqueles que ainda hoje habitam ou exercem actividade no Parque Mayer, empresários e trabalhadores”.

    Permanecem no Parque Mayer três restaurantes, o guarda-roupa Paiva e o Sindicato dos Artistas.

    As indemnizações reclamadas pelos comerciantes seriam pagas pela Bragaparques, à semelhança do que a Câmara fez com os feirantes da antiga Feira Popular, no âmbito da permuta dos terrenos do antigo parque de diversões, que era propriedade municipal, com os do Parque Mayer, que pertencia à empresa de Braga.

    “A curto-prazo haverá que garantir a segurança dos edifícios e o ordenamento do trânsito e do estacionamento do espaço público, assim como as condições mínimas de estabilidade, higiene e conforto do edificado”, recomendam os deputados municipais.

    A comissão defende também a “eventual reformulação do contrato EGEAC - Utopia Filmes com vista à exploração do Teatro Variedades”.

    Em causa está um protocolo que a empresa municipal que gere os equipamentos culturais firmou com a Utopia para a exploração do Variedades durante quatro anos, sem concurso público, e que previa compensações no caso de as obras do Parque Mayer começarem antes do final desse acordo.

    O protocolo, estabelecido pelo ex-vereador da Cultura Amaral Lopes previa a reabertura do Variedade em Maio do próximo ano com uma programação regular na área do teatro, cinema, música e dança, “novo circo” e multimédia.

    O acordo previa que a produtora pudesse desocupar o teatro quando o projecto de reabilitação o ditasse, podendo, nesse caso, ocupar a sala mais pequena do Cinema São Jorge.

    Depois de o novo executivo municipal tomar posse, foi lançado um concurso de ideias para o Parque Mayer e definitivamente abandonado o projecto do arquitecto norte-americano Frank Ghery.

   
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