Açoriano Oriental
Comemorações em Ponta Delgada querem reeditar valores da revolução
Discursos, música, uma exposição e uma tertúlia constam do programa de comemoração dos 40 anos da revolução do 25 de Abril em Ponta Delgada, onde a organização quer alertar consciências para a "reedição dos valores de abril".
Comemorações em Ponta Delgada querem reeditar valores da revolução

Autor: Lusa/AO online

“Queremos que esse quadragésimo aniversário da revolução de abril, para além de uma festa, seja um alerta muito poderoso para as consciências da reedição dos valores de abril”, afirmou aos jornalistas Filipe Cordeiro, da Comissão Promotora das Comemorações do 25 de Abril em Ponta Delgada, nos Açores.

Na apresentação pública do programa festivo, que decorrerá junto às Portas da Cidade, no coração de Ponta Delgada, Filipe Cordeiro adiantou que as comemorações terão início às 15:00 (16:00 em Lisboa), com música popular pelos Mar à Vista, artes de circo com FungisMagic Truxis, sons universais com Com-fusão Brass Band, a Banda Filarmónica Nossa Senhora da Luz, dos Fenais da Luz, culminando com as intervenções alusivas à efeméride.

Além da Comissão Promotora das Comemorações do 25 de Abril, que reúne sindicalistas, militantes políticos, entre outras pessoas, as celebrações têm a colaboração da Câmara Municipal de Ponta Delgada “há vários anos”.

“O nosso apoio é logístico, nomeadamente, com equipamento que é necessário para os espetáculos, com a colaboração da Banda Nossa Senhora da Luz, autocarro da câmara, com o som, cadeiras e barraquinhas”, disse a vereadora Fátima Rego Ponte.

Fátima Rego Ponte anunciou que será inaugurada na quarta-feira no Coliseu Micaelense uma exposição denominada “Conquista da Democracia”, com imagens alusivas ao 25 de Abril, um espólio particular de Paulo Tomé, que poderá ser visitado até 29 de abril.

Do programa comemorativo consta, ainda, uma tertúlia no restaurante Ala Bote, a decorrer na véspera do feriado nacional, pelas 21:00 locais, para abordar a temática “As mulheres na revolução de abril”.

Para Filipe Cordeiro, “o grande desafio” que se coloca passa pelos “cidadãos tomarem consciência da realidade social" e "assumirem protagonismo de mudança”, o que “exige que o 25 de Abril esteja nas pequenas coisas e seja comemorado no dia-a-dia e não só anualmente”.

Num momento “de grande fragilidade social” e no plano regional, Filipe Cordeiro afirmou que o Governo dos Açores “devia ter uma atitude mais pró ativa de mudança da realidade” e que foi o 25 de Abril que “abriu as portas da democracia”, permitindo aos políticos terem “espaços de intervenção social”.

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