Açoriano Oriental
Combate à desertificação passa por criação de condições económicas
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, afirmou hoje, em Santa Cruz da Graciosa, que o combate à desertificação passa pela criação de condições económicas para gerar riqueza e emprego.
Combate à desertificação passa por criação de condições económicas

Autor: Lusa/AO Online

 

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas após visitar a obra de ampliação e remodelação da Adega e Cooperativa da Graciosa, ilha onde hoje o executivo açoriano termina uma visita estatutária.

O investimento, de 1,4 milhões de euros, contempla circuitos para a produção vinícola e hortofrutícola, de que se destaca a produção de meloa, alhos e mel.

Para Vasco Cordeiro, o objetivo de iniciativas como esta é “garantir que este setor tem desde logo, nesta estrutura e não só, a capacidade de criar riqueza na ilha”.

“É por aí que passa também esta estratégia de combate à desertificação, da criação de condições, desde logo a nível económico, para a criação de riqueza e emprego na ilha”, frisou o chefe do executivo açoriano.

Vasco Cordeiro garantiu ainda que “não será por falta de apoio do Governo [Regional] que deixará de haver um quadro técnico na cooperativa”, esperando igualmente que não será pela falta de apoio técnico que deixará de haver produção de alho, vinho, meloa e mel na ilha.

Antes, o presidente do Governo dos Açores realçou a ligação desta obra a um conjunto de outras áreas que foram visitadas pelos membros do executivo regional no decurso da deslocação à Graciosa, como o novo matadouro da ilha ou a disponibilização da valência medicinal nas Termas do Carapacho.

Para o chefe do executivo regional, trata-se de “criar massa crítica quanto ao desenvolvimento económico e à criação de emprego” na Graciosa, “criando e apoiando as infraestruturas" que podem rentabilizar a produção endógena da ilha, como o setor agrícola ou os recursos termais.

O presidente da Adega e Cooperativa na Ilha Graciosa, João Picanço, adiantou que a produção vitivinícola tem registado uma diminuição, mas disse acreditar que com o investimento na infraestrutura, a concluir no próximo mês, esta atividade venha a registar um incremento.

A visita à Graciosa cumpre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, segundo o qual o executivo regional deve visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo se reúna na ilha visitada.

A Graciosa, com cerca de 60 quilómetros quadrados, é a segunda ilha mais pequena dos Açores, depois do Corvo, e a mais a norte das cinco que compõem o grupo central do arquipélago, onde se incluem Terceira, São Jorge, Pico e Faial.

Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que em 1911 o concelho chegou a ter 7.765 habitantes. Um século depois, em 2011, a população era de 4.409 pessoas e em 2015 os residentes eram 4.339.

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