Açoriano Oriental
Açores/Eleições
Cinco maiorias absolutas para o PSD, quatro para o PS e um empate em 40 anos
Em 40 anos de autonomia nos Açores, o PSD liderou com maioria absoluta nas primeiras duas décadas, tendo um empate no número de deputados, em 1996, ditado a viragem para os socialistas, que ainda se mantém.
Cinco maiorias absolutas para o PSD, quatro para o PS e um empate em 40 anos

Autor: Lusa/AO Online

 

Nas primeiras eleições legislativas regionais, em 1976, o PSD (então PPD) alcançou quase o dobro dos mandatos conquistados pelo PS (respetivamente 27 e 14), com Mota Amaral a ocupar a presidência do Governo Regional, na qual se manteve até 1995, quando foi substituído por Madruga da Costa.

Mas o melhor resultado eleitoral para os sociais-democratas em dez eleições regionais foi alcançado em 1980, quando o PSD assegurou 30 dos 43 mandatos (57,35% dos votos) no parlamento regional, num ano que se destacou, ainda, pela menor abstenção alguma vez registada neste tipo de sufrágio: 22,98%.

Entre 1976 e 1992, os eleitores deram sempre ao PSD mais de 50% dos votos, excluindo as eleições regionais de 1988, quando o partido obteve 48,57% dos votos. Naquele ano, o PSD obteve 26 mandatos no parlamento regional, a oposição 25, segundo o mapa oficial com o resultado eleitoral publicado em Diário da República.

Nas eleições regionais de 1996, o PS, liderado por Carlos César, apesar de igualar o número de deputados do PSD, 24, alcançou mais cerca de 5.500 votos e formou governo, conquistando, quatro anos depois, a sua primeira maioria absoluta.

Em 2004, o PS alcança o melhor resultado de sempre em eleições regionais (56,97%), conquistando 31 de 52 mandatos.

Nesta eleição de 2004, o PSD e o CDS-PP formaram coligação, que lhes assegurou 21 deputados (36,84% dos votos). Mais nenhum partido conseguiu, neste sufrágio, eleger parlamentares.

Carlos César, que foi o terceiro presidente do Governo Regional, depois de Mota Amaral (19 anos) e Madruga da Costa (um ano), liderou os Açores durante 16 anos, até 2012, ano em que Vasco Cordeiro, que conquista nova maioria absoluta para os socialistas, lhe sucede.

Além do PS e do PSD, têm atualmente assento na Assembleia Legislativa dos Açores mais quatro partidos: CDS-PP, PCP, BE e Partido Popular Monárquico.

O melhor resultado do CDS, que conseguiu sempre eleger deputados nas sucessivas eleições, foi em 2008 quando sentou cinco deputados, que diminuíram para três nas últimas regionais.

O PCP por seu turno elegeu o seu primeiro deputado em 1984, com a coligação APU, e, em 2000, em coligação com o Partido Ecologista Os Verdes, alcançou dois. Mas quatro anos volvidos deixou de ter lugar no parlamento, para regressar, de novo, em 2008, com um deputado, que mantém.

Em 2008, o Bloco de Esquerda elegeu pela primeira vez dois deputados, que foram reduzidos a um nas eleições de 2012.

Nas últimas legislativas regionais, o Partido Popular Monárquico conseguiu assegurar o parlamentar que conquistara quatro anos antes.

A abstenção registou a maior taxa em 2008, com 53,34% dos 192.943 eleitores a não votarem.

Nas eleições de 16 de outubro próximo, os açorianos vão eleger 57 deputados para o parlamento regional, que começou por ter 43.

O aumento de parlamentares resulta de alterações à lei eleitoral, a última das quais acrescentou aos nove círculos eleitorais (um por cada ilha) o círculo de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).

 

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