Açoriano Oriental
Chipre e Malta aderem a 01 de Janeiro à Zona Euro
Chipre e Malta trocam as suas divisas nacionais pela moeda única europeia a 01 de Janeiro, aumentando para 15 o número de países da Zona Euro nove anos depois da criação desta união monetária.

Autor: Lusa / AO Online
    Chipre com 800 mil habitantes e Malta com 400 mil vão juntar-se a Portugal, Alemanha, França, Itália, Espanha, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Grécia e Eslovénia, aumentando para 320 milhões de habitantes a população coberta pela Zona Euro.

    Os dois estados vão protagonizar o terceiro alargamento da União Económica e Monetária europeia: a Grécia aderiu em 2001 e a Eslovénia em 2007.

    Um euro será trocado à taxa de 0,585274 libras cipriotas e 0,429300 liras maltesas nas duas economias mais pequenas da União Europeia. Dito de outra forma, uma libra cipriota corresponde a 1,71 euros e uma lira maltesa 2,33.

    O Comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, avisou que Chipre e Malta “não se podem esquecer que a participação na Zona Euro requer a obrigação permanente de manterem finanças públicas saudáveis e reformas estruturais, para assim poderem desenvolver e tirar partido dos benefícios da união monetária”.

    Os ministros das Finanças dos 27, reunidos em Bruxelas a 10 de Julho último sob presidência portuguesa, tomaram a decisão “formal” da adesão de Chipre e Malta à Zona Euro, algumas semanas depois de os líderes europeus, ainda sob presidência alemã, terem dado o seu aval “político”.

    A Zona Euro foi criada no início de 1999 com a fundação do Banco Central Europeu (BCE) e a aprovação de paridades fixas da divisa única face às moedas nacionais dos 11 países fundadores, entre os quais Portugal, mas as notas e moedas em euro apenas foram colocadas em circulação a 01 de Janeiro de 2002, três anos depois.

    Chipre e Malta contribuem respectivamente com 0,17 por cento e 0,06 do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,24 por cento e 0,13 da população dos 15 países da moeda única.

    Mas se o PIB for medido em unidades de poder de compra de cada habitantes, verifica-se que Chipre se situou em 2006 a 92 por cento da média da União Europeia e Malta a 77 por cento, acima do “lanterna vermelha”, Portugal a 75 por cento.

    Menos de quatro anos depois de ter aderido à UE (01 de Maio de 2004), as autoridades cipriotas aguardam com impaciência pela chegada do euro, não escondendo que têm alguma preocupação com os riscos de inflação.

    Por seu lado Malta pretende, com a adesão à Zona Euro, acelerar a transição da sua economia, mantendo a aposta feita na prestação de serviços para os sectores industriais e de alta tecnologia.

    Entre os 12 países que a 01 de Janeiro vão continuar fora da Zona Euro, 10 ainda não cumprem as condições necessárias (estabilidade de preços, sustentabilidade das finanças públicas, entre outras) para participar na última etapa da União Económica e Monetária europeia: República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Eslováquia, Bulgária, Roménia e Suécia.

    Dinamarca e Reino Unido decidiram ficar de fora da moeda única, tendo negociado dois protocolos que ficaram anexados ao Tratado de Maastricht (1992).

    O governo dinamarquês anunciou no seu programa de 22 de Novembro último a sua intenção de organizar um referendo sobre a entrada do país na Zona Euro.
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