Autor: AOnline/LUSA
A decisão, acordada pelo Ministério de Comércio e a Administração Geral das Alfândegas, é dirigida a dispositivos para uso militar.
A proibição de venda no exterior vai ser aplicada aos ‘drones’ – veículos aéreos não tripulados – com capacidade de voo durante mais de uma hora ou acima de 15.420 metros, ou que sejam capazes de operar sob ventos fortes.
A restrição abrange ainda computadores equipados com 8 'teraflops’, ou seja, com capacidade de oito mil milhões de operações por segundo.
As autoridades chinesas não especificaram as razões pelas quais estes aparelhos podem afetar a segurança nacional chinesa.
A imprensa chinesa cita um incidente com um ‘drone’ abatido pelo exército paquistanês e alegadamente controlado pelas forças armadas indianas, numa zona fronteiriça disputada pela Índia e Paquistão, que se acredita ser de fabrico chinês.
Estima-se que a decisão seja uma tentativa por parte do governo chinês de proteger uma tecnologia que é considerada chave no seu desenvolvimento militar.
“A proibição destina-se aos ‘drones’ não desenhados para uso comercial e vai proteger as tecnologias chave das empresas chinesas", disse Shao Jianhuo, vicepresicente da DJI Technology, o principal fabricante de ‘drones’ de uso civil chinês, citado pelo diário oficial China Daily.
A DJI anunciou também este fim de semana que em junho e julho triplicou as suas vendas de ‘drones’ na América Latina em relação ao período homólogo do ano passado.
O México, Brasil, Chile e Paraguai foram os seus principais mercados, segundo a empresa chinesa.
A China exportou entre janeiro e maio deste ano 160.000 ‘drones’ civis, 69 vezes mais do que no mesmo período do ano anterior, pelo valor de 121 milhões de dólares, 55 vezes mais, segundo dados oficiais.