Açoriano Oriental
Chegou a Amsterdão navio da Greenpeace apresado em setembro na Rússia
O navio da organização ecologista Greenpeace "Arctic Sunrise", apresado em setembro pelas autoridades russas, chegou este sábado ao porto de Amsterdão, depois de uma viagem de dez dias desde Murmansk.

Autor: Lusa/AO online

 

“Acaba de chegar”, disse a porta-voz da Greenpeace Ilse van der Poel cerca das 10:30 TMG (11:30 em Lisboa).

“Estamos só à espera de autorização da alfândega para podermos subir todos a bordo”, acrescentou.

As autoridades russas levantaram a ordem de apreensão do navio a 06 de junho, mas o navio precisou de dois meses de trabalhos de reparação para poder navegar até Amsterdão. Alguns equipamentos, nomeadamente de comunicação e de navegação, “desapareceram” ou estavam “danificados”, segundo a organização.

O "Arctic Sunrise", de pavilhão holandês, foi apresado pelas forças de segurança russas depois de um protesto numa plataforma petrolífera no Ártico para denunciar os riscos da exploração de hidrocarbonetos naquele ecossistema.

Trinta ativistas que estavam no navio foram inicialmente acusados de pirataria, crime passível de condenação a 15 anos de prisão, e mais tarde “reacusados” de desordem e vandalismo, punível com sete anos de prisão. Em novembro, foram libertados sob caução e, semanas depois, beneficiaram de uma amnistia.

A Greenpeace anunciou a intenção de processar a Rússia no Tribunal Europeu de Direitos Humanos pelo que considera ter sido a detenção ilegal dos seus ativistas.

Em Amsterdão, o "Arctic Sunrise" vai ser novamente reparado e, segundo Pete Willcox, comandante da Greenpeace, estará pronto para regressar à ação “dentro de um mês a seis semanas”.

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