Açoriano Oriental
CGTP quer combater precariedade laboral nos Açores
A CGTP-IN/Açores elegeu hoje o combate à precariedade laboral como um dos principais objetivos para 2016 e exortou os trabalhadores açorianos a "reforçarem" a luta por melhores condições de trabalho.
CGTP quer combater precariedade laboral nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

"Nós vivemos uma situação, do ponto de vista dos contratos de trabalho na Região, que é extremamente preocupante. Em cada 10 homens, 9 assinaram contratos de trabalho precários", denunciou Victor Silva, coordenador da CGTP no arquipélago.

O dirigente sindical, que falava na abertura de um plenário da União de Sindicatos da Horta, a decorrer na ilha do Faial, acrescentou que, no caso das mulheres, a precariedade laboral ainda é mais acentuada: "19 em cada 20 mulheres têm contratos precários".

No seu entender, esta situação "tem de ser alterada" por parte dos patrões, embora entenda que esta luta "é de todos", exortando, por isso, os trabalhadores a "reforçarem" a sua unidade e a "prosseguirem a luta" por melhores condições de trabalho.

"As pessoas têm de ter estabilidade na sua vida!", insistiu Victor Silva, lembrando que, numa região arquipelágica, como os Açores, a precariedade laboral assume contornos "dramáticos", porque provoca o "abandono dos jovens" e a "desertificação das ilhas mais pequenas".

Para o coordenador da CGTP nos Açores, a precaridade laboral acaba, "muitas vezes" por se transformar numa "antecâmara" para o despedimento, como diz já ter ocorrido "num passado recente".

Além do combate à precariedade laboral e ao desemprego, a CGTP-IN elegeu ainda como principal reivindicação para o próximo ano, o acréscimo regional ao salário mínimo nacional, de 5 para 7,5%.

"Pode parecer pouco, mas essa diferença de 14/15 euros, para muitas famílias, significa ter pão na mesa, significa ter alimentação para dar aos filhos", justificou Victor Silva.

Outra das preocupações dos dirigentes da CGTP está relacionada com os reformados e pensionistas, que segundo os dirigentes sindicais, estão sobrecarregados com despesas, por via da crise que afeta o país.

"Muitas pessoas com reformas e pensões baixas estão a sustentar três gerações: a sua, a dos filhos (que perderam o emprego, a casa e tudo o que tinham), e a dos netos", lembrou o coordenador da CGTP, acrescentando que "é preciso ajudar estas pessoas".

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