Autor: Lusa/AO online
Graça Silva, porta-voz da CGTP no arquipélago, disse à agência Lusa que esse valor corresponde a um acréscimo de dois por cento em cima da inflação apurada para o ano passado na Região (0,8 por cento, contra -0,8 da média nacional). Além de uma melhoria de salários, o documento que a central sindical vai entregar também ao presidente do Governo açoriano, aos partidos políticos e às associações patronais preconiza a adoção de medidas especiais de combate ao desemprego. "Todos os dias há mais pessoas sem emprego nos Açores, não correspondendo à realidade o total de 8 000 desempregados apurados pelo INE para a Região", referiu Graça Silva, indicando que a esse número há que acrescentar ativos não inscritos nos centros de emprego ou envolvidos em programas ocupacionais e licenciados que cumprem estágios. A dirigente sindical sublinhou que o desemprego está na base do agravamento do "fosso que separa pobres e ricos nas ilhas" e no alastramento das situações de pobreza. Para enfrentar o problema, a CGTP propõe o reforço dos apoios públicos às empresas, a par com a exigência de uma maior "responsabilidade social" por parte das entidades empregadoras, referiu. Graça Silva preconizou igualmente um maior empenho do Executivo no apoio a programas de formação que devem abranger também os ativos afetos à administração regional.