Autor: Lusa/AO Online
“Nós prevenimo-nos para todas as necessidades e a necessidade concreta revelou-se menor do que era a nossa estimativa”, afirmou à agência Lusa o presidente da autarquia, José Manuel Bolieiro, explicando que a iniciativa teve por base um levantamento feito nas 24 freguesias do concelho.
Para José Manuel Bolieiro, “a boa notícia” é que “não houve tanta necessidade”, salientando, contudo, existir capacidade de resposta na eventualidade de surgirem novos pedidos.
Questionado sobre a razão pela qual não houve maior adesão à teleassistência, o autarca sublinhou que o isolamento dos idosos é uma preocupação para a autarquia, mas as pessoas e famílias “podem achar que não há este isolamento”.
Para José Manuel Bolieiro, a questão do custo não se coloca, porque o serviço “é absolutamente acessível e até chega a ser gratuito”, pelo que “não é um problema material, é um problema de atitude”.
A responsável da Divisão de Ação Social do município da ilha de São Miguel, Margarida Pais, adiantou que no diagnóstico das necessidades, “uma coisa é a perceção que o presidente da junta tem das famílias que residem na sua freguesia” e outra é o contacto posterior com os idosos aos quais é proposto o equipamento de teleassistência.
Segundo Margarida Pais, em contactos com as famílias de potenciais candidatos a este projeto é assumido que “o idoso às vezes está sozinho algum tempo durante o dia”, mas nas freguesias do meio rural “ainda se consegue muito quebrar o isolamento dos idosos” com as relações de proximidade, vizinhança e entreajuda.
“A maioria dos casos que temos tido ao nível de colocação de equipamentos acaba por ser nas freguesias urbanas, nas rurais há alguns casos, mas é mais esporádico”, acrescentou a responsável.
De acordo com informação do município, até 16 de novembro foram instalados 41 equipamentos de teleassistência.
“Esse serviço telefónico, destinado a idosos a partir dos 65 anos de idade, vem garantir segurança e auxílio médico, à distância”, refere a autarquia, explicando que a disponibilização da teleassistência em Ponta Delgada decorre de uma parceria estabelecida entre a câmara e Fundação PT, firmada a 29 de janeiro de 2013.
A teleassistência funciona com um telefone com capacidade de efetuar, de forma simplificada, uma ligação para um serviço de assistência, bastando que o idoso acione um pendente sem fios com a tecla SOS que permite o contacto telefónico imediato para que se ative o meio de socorro mais adequado à sua emergência. Funciona 24 horas por dia todo o ano.