Açoriano Oriental
Centro de investigação nos Açores quer envolver cientistas de todo o mundo
Um futuro centro de investigação internacional dos Açores, "na forma de uma organização intergovernamental", quer envolver investigadores e cientistas de todo o mundo e dinamizar a relação transatlântica e norte-sul, defendeu hoje o ministro da Ciência
Centro de investigação nos Açores quer envolver cientistas de todo o mundo

Autor: LUSA/AO online

Manuel Heitor falava aos jornalistas a bordo da caravela Vera Cruz, uma réplica das antigas caravelas portuguesas onde está a decorrer uma ação promovida pelo Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou que o projeto está a ser estudado e que sobre ele já foram feitos três workshops (Nova Iorque, Açores e Lisboa), estando marcado outro para dia 29, em Paris (na Agência Espacial Europeia) , outro para 19 de setembro em Bruxelas, e mais dois em novembro, nos Estados Unidos.

A ideia “é reunir a comunidade científica de todo o mundo naquilo que é o desenho e planeamento de um projeto que se quer com grande impacto, para Portugal mas também para a relação transatlântica, entre a Europa e os Estados Unidos, mas também entre o norte e o sul. E por isso estamos a envolver também o Brasil e a África do Sul no planeamento”, disse o ministro.

De acordo com Manuel Heitor o projeto “tem recolhido o interesse de muitos atores privados e grandes empresas” em áreas como a aeronáutica ou a engenharia oceânica, e está em fase de planeamento até final do ano.

Mas “a ideia é começar já em 2017”, na forma de rede entre diferentes empresas e centros de investigação. E porque os Açores “disponibilizam uma infraestrutura e um laboratório único” o centro deverá desenvolver-se em várias ilhas, como a Terceira, Graciosa ou Faial e S. Miguel.

A criação de uma plataforma de investigação nos açores foi tema de conversa em julho passado no encontro entre o primeiro-ministro português e o Presidente dos Estados Unidos, em Varsóvia.

António Costa disse na altura que entregou a Barack Obama o “resumo do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido” entre o ministro da Ciência e Tecnologia e secretário de Estado da Energia dos EUA para o “aproveitamento dos Açores como uma plataforma muito importante” na investigação.

Em causa, disse, estão as áreas da climatologia, alterações climáticas, vulcanologia, oceanografia, ou seja “uma boa oportunidade para a reconversão que está em curso da utilização da base das Lajes e encontrar uma nova vocação para aquelas infraestruturas”.

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