Autor: Lusa/AO Online
Jorge Veiga e Castro, ou Jagat Guru Amrta Súryánanda, grande mestre do yoga e Presidente da Confederação Portuguesa do Yoga, disse aos jornalistas que “este é um dia de grande importância para a humanidade”.
“Neste momento o problema da humanidade é a guerra e o derramamento de sangue. Toda a gente adora a paz mas ela não existe. Precisamos de paz, estamos a propor paz. O mundo está a gostar e está a aderir”, afirmou.
O Dia Mundial do Yoga assinala-se, desde 2001, a 21 de junho, no solstício de verão, e comemora-se, caso não coincida com um domingo, no domingo seguinte.
A iniciativa foi de Portugal, que “esteve à frente de uma outra globalização, 500 anos depois dos descobrimentos”.
“Propusemos à ONU e à UNESCO em 2001 a criação de um dia sem derramamento de sangue em todo o mundo. O primeiro feriado mundial, numa data comemorada por todos os povos”, acrescentou o mestre.
Todos os anos, explicou, “este dia tem um tema inspirador porque o yoga tem por detrás um conjunto de princípios muito importantes”. Este ano, a bandeira é “a globalização justa”, porque “se não houver justiça a guerra não pára”.
Durante a manhã, a Confederação Portuguesa de Yoga atribuiu o prémio Sérgio Vieira de Mello, com que destaca o trabalho de uma individualidade da sociedade civil portuguesa. Este ano o prémio foi atribuído ao ex Presidente da República Mário Soares.
“A gratidão é muito importante para nós e a memória também”, afirmou o mestre, justificando a escolha deste ano: “Pelo tipo de vida – com democracia – que ele nos proporcionou e que temos hoje. Pelo que lutou quando ainda não era conhecido, pelos momentos difíceis que passou”, disse.
Outra constante da data é a prática do yoga, em que todos participam: “Não fica ninguém na bancada a assistir. Todos participam para poderem evoluir”, garantiu.
Espalhados pelo campo de futebol de relva sintética, entre chapéus de sol, tendas, toalhas e colchões, estão centenas de pessoas. Há jovens, idosos e famílias com crianças.
A Mega Aula do Yoga Avançado é dada pela Diretora do Pashupati e vice-presidente da Confederação Portuguesa de Yoga, Sandra Xavier.
Os exercícios são feitos à medida das capacidade de cada um. Ninguém se arrepende de ter vindo.