Açoriano Oriental
CEMGFA garante competências do Comando Operacional dos Acores
O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Luís Araújo, garantiu hoje que o Comando Operacional dos Açores (COA) manterá "todas as atribuições, responsabilidades e competências", apesar do emagrecimento perspetivado para a estrutura superior militar em Portugal.

Autor: Lusa/AO Online

“No âmbito da reorganização da estrutura superior das Forças Armadas, estamos a estudar linhas de ação para emagrecer”, afirmou Luís Araújo, acrescentando que o COA “existirá sempre, como o Comando Operacional da Madeira”.

O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), que falava aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse do novo Comandante Operacional dos Açores, vice-almirante Augusto Ezequiel, admitiu, no entanto, uma alteração que poderá ocorrer ao nível da dependência direta do COA.

“A dependência direta do Comandante Operacional dos Açores poderá, eventualmente, deixar de ser do CEMGFA e passar para o Comandante Operacional Conjunto, cuja ação se exerce no território nacional todo”, afirmou.

O CEMGFA rejeitou, no entanto, que essa alteração represente uma “despromoção hierárquica”, defendendo que o valor hierárquico não está com “quem se despacha”, pois isso é “um pormenor”.

Relativamente ao dispositivo das Forças Armadas afeto aos Açores, Luís Araújo disse que é o "possível”, sublinhando que “tem cumprido muito bem a sua missão”.

“Acho que o dispositivo está a cumprir a sua missão. Os açorianos só devem, e têm demonstrado isso, orgulhar-se das Forças Armadas que temos”, afirmou.

O responsável militar garantiu que o dispositivo militar no arquipélago será "rapidamente reforçado" com meios navais, terrestres e aéreos “numa situação de contingência, uma calamidade natural".

O Comando Operacional dos Açores é o órgão de cúpula das Forças Armadas na região, competindo-lhe a coordenação operacional dos três ramos e as relações com a Proteção Civil.

O vice-almirante Augusto Mourão Ezequiel, que hoje assumiu as funções de Comandante Operacional dos Açores, tem 59 anos, é natural de Febres, no concelho de Cantanhede, e foi promovido ao atual posto em 11 de março de 2011.

Ingressou na Escola Naval em 1971, tendo concluído a licenciatura em Ciências Militares, curso de Marinha, em 1975.

Ao longo da sua carreira desempenhou, entre outras funções, o cargo de adido de Defesa junto da Embaixada de Portugal em Londres e coordenou a Estrutura de Projeto para o Acompanhamento e Monitorização dos Trabalhos decorrentes do Acordo de Cooperação para a Proteção das Costas e das Aguas do Atlântico Nordeste contra a Poluição.

O novo Comandante Operacional dos Açores é membro da Academia da Marinha e da Ordem dos Engenheiros, tendo sido várias vezes condecorado e recebido louvores individuais e coletivos.

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