Autor: Lusa/AO Online
“Aceitei este desafio porque a Graciosa não poderia deixar de ter uma voz interventiva na Assembleia Legislativa Regional dos Açores”, afirmou hoje à agência Lusa António Fonseca, que é militante do PCP desde 1981.
António Fonseca, 54 anos, natural e residente na ilha Terceira, é funcionário do PCP e concorre pela primeira vez como cabeça de lista por um círculo eleitoral às regionais, mas no passado integrou candidaturas da CDU noutros sufrágios.
O candidato, que faz parte da direção regional do PCP, referiu que conhece bem a realidade da Graciosa, porque se desloca à ilha “com frequência”, alegando que “é necessário contribuir” para que esta “tenha um percurso diferente”.
“Esta não é uma candidatura pessoal, mas em nome do partido”, assumiu António Fonseca, acrescentando que o objetivo da lista da CDU é “participar no debate político e pôr questões novamente em cima da mesa”.
Segundo o militante comunista, é preciso debater e refletir sobre o projeto do transporte marítimo de passageiros para a Graciosa, que considerou ter ficado “esquecido” pelos atuais governantes.
O candidato destacou também os sucessivos atrasos na cooperativa da Graciosa, o esquecimento do projeto da marina da Barra e o problema da escassez de água na ilha.
Nos Açores, onde o PS governa há 20 anos, há nove círculos eleitorais, coincidentes com cada uma das ilhas, e um círculo regional de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).
O PS tem 31 dos 57 lugares na Assembleia Legislativa dos Açores, enquanto o PSD, o maior partido na oposição, conquistou 20 mandatos. O CDS tem três deputados no parlamento regional, enquanto BE, PCP e PPM conseguiram um mandato cada.
A ilha Graciosa elege três deputados para o parlamento regional.