Açoriano Oriental
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CDS/PP admite viabilizar propostas do Plano e Orçamento
Apenas um dos cinco partidos da oposição com assento na Assembleia Legislativa dos Açores admitiu viabilizar as propostas do Plano e Orçamento do Governo socialista para 2012.
CDS/PP admite viabilizar propostas do Plano e Orçamento

Autor: Lusa/AO online
O líder da bancada do CDS/PP, Artur Lima, foi o único a demonstrar disponibilidade para "debater e apoiar" eventuais propostas de alteração que permitam ao Governo "financiar a manutenção dos postos de trabalho".

O dirigente centrista, que considera o desemprego uma "preocupação", entende que é preferível o Governo apoiar directamente as pequenas e médias empresas, para que mantenham os postos de trabalho, em vez de atribuir o subsídio de desemprego, que não passa de uma "prestação a fundo perdido".

O CDS/PP, que já nos anos anteriores votou a favor o Plano do Governo, depois de ver aprovadas algumas propostas de alteração apresentadas pelo seu partido, admitiu, no entanto, que o Orçamento para 2012 "será um dos mais penosos" que já passaram no Parlamento açoriano.

À excepção da bancada da maioria socialista, que vai votar a favor do Plano e Orçamento, os restantes partidos com assento parlamentar (PSD, BE, PCP e PPM), já manifestaram o seu desacordo em relação aos documentos.

António Marinho, do PSD, entende que o Plano e Orçamento para 2012 "não serve os açorianos" e acusou o Governo de apresentar documentos de "transparência duvidosa", que estão "afastados da realidade".

"A realidade é que existem 11,6% de desempregados na região, ou seja, mais de 14 mil açorianos que não têm trabalho", recordou o parlamentar social-democrata, acrescentando que essas pessoas, "não percebem o discurso de fantasia" deste Governo.

Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, colocou de parte qualquer apoio a documentos que determinem cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos açorianos, recordando que isso é uma "contradição" com o discurso do PS a nível nacional.

"Roubo" é a palavra utilizada por Aníbal Pires, do PCP, e por Paulo Estêvão, do PPM, para se referirem aos cortes nos subsídios de férias e de Natal em 2012, medida contra a qual estão claramente contra.

O deputado monárquico, que é também líder nacional do partido, acusou ainda o executivo socialista de não ter "coragem" de usar as competências previstas no Estatuto Político-Administrativo dos Açores, no sentido de vir a isentar a região dos cortes nos subsídios.

José Rego, da bancada socialista, garantiu que o Governo está disposto a combater na Região, as medidas de austeridade impostas ao país e adiantou que os Açores vão conseguir "minorar os efeitos da crise", sem, no entanto, por em causa a "estabilidade" das contas públicas.
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