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Carlos César diz que défice é a prova de que Passos "geriu mal o país"
O cabeça de lista do PS pelo círculo dos Açores às legislativas, Carlos César, disse na noite de quarta-feira que o défice das contas públicas é a prova de que o Governo de Passos Coelho "geriu mal o país".
Carlos César diz que défice é a prova de que Passos "geriu mal o país"

Autor: Lusa/AO Online

 

Num comício realizado na freguesia dos Flamengos, um dos bastiões socialistas da ilha do Faial, Carlos César lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional voltou para valores de “há 15 anos", apesar de todas as medidas de austeridade impostas pelo Governo da coligação PSD/CDS-PP.

"É o primeiro governo constitucional que tem, ao fim do seu mandato, um Produto Interno Bruto inferior àquele que tinha quando iniciou as suas funções", destacou o candidato socialista e ex-presidente do Governo Regional dos Açores.

Carlos César referiu-se também aos dados anunciados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta de que o défice do país, em 2014, ficou acima das previsões do Governo de Passos Coelho, para lembrar que nos Açores governa-se "melhor".

"O défice de Portugal será, comparativamente ao PIB, mais de 40 vezes superior ao dos Açores", afirmou o cabeça de lista do PS, acrescentando que foi por "gerirem bem as suas finanças públicas" que os Açores conseguiram baixar os seus impostos.

O candidato socialista falou também dos reformados e dos pensionistas, que diz terem perdido "milhares de milhões de euros" devido aos cortes impostos pelo Governo da República, para alertar para a possibilidade de o PSD e o CDS-PP virem a cortar ainda "mais 600 milhões de euros por ano".

"E queriam o PSD e o PP que fizéssemos um acordo na Segurança Social para que os reformados tivessem menos pensões e menos rendimento? Não, não estamos disponíveis para isso", sentenciou Carlos César.

O cabeça de lista do PS pelos Açores não se esqueceu da sua principal opositora nestas eleições, a candidata do PSD, Berta Cabral, atual secretária de Estado da Defesa, que acusou de ter sido escolhida por Passos Coelho, e não pelas bases do seu partido.

"Nós somos candidatos escolhidos por cá, para defender os Açores lá e essa é uma grande diferença entre a candidatura do PS e do PSD no Açores", realçou Carlos César, lembrando que Berta Cabral tem estado "sempre ao lado do Governo da República" e não a favor dos Açores.

Carlos César lamentou que a candidata social-democrata continue a querer responsabilizar financeiramente os Açores em matérias que deviam competir ao Estado, como a crise no setor do leite, a Universidade dos Açores, a RTP, e a maioria dos serviços do Estado na Região.

"Com Passos Coelho e com Berta Cabral a fatura é sempre mandada para cá, dizendo: paguem! com os nossos respeitosos cumprimentos!", ironizou Carlos César, para logo a seguir responder: "Não, obrigado!".

 

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