Açoriano Oriental
Carlos César acusa Cavaco Silva de "dividir" os portugueses
 O presidente do PS/Açores, Carlos César, acusou hoje Cavaco Silva de "dividir os portugueses", lançando os do continente contra os do arquipélago, na sequência dos comentários que fez à remuneração compensatória para os funcionários públicos.
Carlos César acusa Cavaco Silva de "dividir" os portugueses

Autor: Lusa/AO On Line

“Em vésperas de eleições presidenciais, ele (Cavaco Silva) sabe que nós somos apenas 250 mil contra 10 milhões”, afirmou Carlos César, acrescentando que “na caça ao voto, não hesita em lançar uns portugueses contra os outros, desde que isso lhe dê votos”.

Carlos César, que falava aos jornalistas em Angra do Heroísmo, na Terceira, antes de uma reunião do Secretariado Regional do PS/Açores, frisou que "já não é a primeira vez" que Cavaco Silva lança os portugueses do continente contra os portugueses dos Açores.

Para o líder socialista regional, que também preside ao executivo açoriano, a posição de Cavaco Silva sobre a remuneração compensatória destinada aos funcionários públicos dos Açores que recebem entre 1500 e 2000 euros mensais “divide os portugueses”, o que considerou ser “terrível vindo de um candidato que exerce o cargo de Presidente da República e que tem por obrigação unir os portugueses”.

Relativamente ao princípio de equidade referido por Cavaco Silva num comentário a esta medida do governo açoriano, Carlos César considerou que a equidade “está justamente na discriminação positiva daqueles que têm menores possibilidades”.

“É por isso que temos na região diversas categorias profissionais de funcionários da administração central do Estado que, no tempo do governo de Cavaco Silva, também passaram a usufruir de suplementos remuneratórios nos Açores”, afirmou.

Carlos César criticou ainda Cavaco Silva por não ter mostrado interesse em se informar sobre as consequências do mau tempo que se fez sentir nos últimos dias nos Açores.

"Se eu fosse Presidente da República, não estava a fazer declarações para dividir os portugueses, estava a telefonar para o presidente do governo (dos Açores) a perguntar se os temporais provocaram prejuízos humanos ou materiais”, afirmou.

O presidente do PS/Açores comentou ainda as declarações proferidas por Alberto João Jardim sobre a remuneração compensatória, considerando que "nesta polémica, Alberto Joao Jardim não conta nada”.

“Mesmo que todos os portugueses discordassem desta medida que adoptámos nos Açores, eu teria sempre vantagem, porque felizmente considerariam de forma muito diferente a conduta do presidente dos Açores face à do presidente do governo da Madeira”, afirmou.

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