Açoriano Oriental
Liga Sagres
Cardozo bisa na conquista do título de campeão
O Benfica sagrou-se campeão português de futebol, impondo-se na recepção ao Rio Ave, na 30ª e última jornada da Liga Sagres, por 2-1, com dois golos de Cardozo
Cardozo bisa na conquista do título de campeão

Autor: Susete Rodrigues

A conquista do 32.º título pelos “encarnados” começou a ficar definida aos três minutos, com o golo madrugador do avançado paraguaio que, depois do empate dos vila-condenses, assinado por Ricardo Chaves, confirmou o triunfo, aos 78.
Sem os castigados Javi Garcia, Di Maria e Fábio Coentrão, Jorge Jesus promoveu à titularidade Airton, Pablo Aimar e César Peixoto, apostando ainda em Ruben Amorim, em detrimento do lateral Maxi Pereira.
Já Carlos Brito excluiu os “encarnados” Fábio Faria e Nélson Oliveira, fazendo recuar o médio André Vilas Boas para o eixo da defesa, ao lado de Gaspar, mas o Benfica nem deixou que a dupla gozasse de qualquer “estado de graça”.
Logo aos três minutos, aproveitando uma atrapalhação na defensiva do Rio Ave e um corte incompleto de Gaspar, Cardozo inaugurou o marcador, acendendo o “rastilho” para a explosão de alegria dos adeptos presentes no Estádio da Luz.
À procura do título de melhor marcador da competição, o paraguaio, que já tinha tentado a sorte num livre, no primeiro minuto, desperdiçou, de ângulo difícil mas sobre a linha de golo, uma assistência de David Luiz.
Se a tensão estava controlada, praticamente acabou aos 11 minutos, com a expulsão do médio brasileiro Wires, castigando uma entrada violenta sobre Ramires.
Em superioridade numérica, o Benfica começou a dispor de mais espaço, provado com o ensaio de fora da área de Saviola e Ramires, aos 16 e 21 minutos, mas ainda viu Tarantini, aos 18, rematar perigosamente à baliza de Quim, após perda de bola de David Luiz.
Apesar do domínio e da vantagem, os “encarnados” denotaram alguma displicência, com passes errados, na defesa, perdas de bola, nas transições ofensivas, e falhanços na finalização, por Saviola, aos 29 minutos, Aimar, aos 35, e até Cardozo, aos 40.
Perante este “desacerto”, o Rio Ave conseguiu assustar, a quatro minutos do intervalo, quando Bruno Gama surgiu sozinho na área “encarnada”, mas rematou ao lado.
Na segunda parte, após a troca de Ramires por Éder Luís, os 64 103 espectadores no Estádio da Luz, que concretizaram a maior enchente da época, proclamaram o “Benfica campeão”, aos 50 minutos, quando o Nacional da Madeira marcou ao Sporting de Braga, única ameaça à consagração das “águias”.
Depois desta reacção, apenas comparável à euforia com o golo de Cardozo, o Benfica, que parecia não conseguir serenar, e ao cabeceamento, bem sucedido, de Saviola mas em posição irregular, e acabou por permitir a igualdade ao Rio Ave, num cabeceamento de Ricardo Chaves, dando seguimento a um livre de Sílvio, aos 73.
Cinco minutos depois, Cardozo voltou a colocar o Benfica em vantagem, com uma emenda na pequena área do Rio Ave, após corte incompleto de Gaspar.
Até final, o Benfica ainda tentou dar brilho à festa, mas o guarda-redes do Rio Ave evitou, primeiro, aos 81, defendendo um remate de Saviola, e, depois, com uma tentativa do suplente Nuno Gomes.
Jesus tornou-se no quarto técnico português a conquistar um campeonato ao serviço das “águias”, que acumulam ainda os méritos ofensivos, com o melhor ataque (77 golos), e defensivos, com a baliza menos batida (20), em igualdade com o Sporting de Braga, e com o melhor marcador, Cardozo (26).

 

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