Autor: Cristina Pires
São estas as principais alterações ao abrigo deste programa, que prevê a redução do tempo de vigência dos estágios de 12 para 9 meses, de acordo com a portaria publicada a 12 de agosto em Diário da República.
As candidaturas ao programa de estágios profissionais estavam suspensas desde 30 de junho “para avaliação do programa e análise de candidaturas pendentes”, segundo Francisco Madelino.
"Pode ser uma desvantagem [a redução do prazo de 12 para 9 meses], mas neste deve e haver, o facto de dar lugares a mais de 5 mil jovens vale bem a perda dos três meses, até porque essa diferença não interfere na taxa de inserção, que se mantém nos 75 por cento para os estágios com 9 meses e mantém-se [também] nesse valor para os de 12 meses", argumentou o secretário de Estado do Emprego e Formação profissional, Valter Lemos, em declarações à Lusa.
O governante lembrou que esta redução representa o regresso "à duração que já tinham e sempre tiveram, e que só foi alargada no ano passado" devido à crise económica.
A ênfase neste programa de estágios para jovens é explicada por Valter Lemos com a taxa de desemprego dos jovens à procura do primeiro emprego, que supera a taxa nacional.
O secretário de Estado garante que na base destas mudanças não estão razões orçamentais, sublinhando que "a medida permite, sem alterações orçamentais, que os recursos disponibilizados para este programa alargue o número de beneficiários em cerca de 5 mil vagas adicionais".
O Programa de Estágios Profissionais, de acordo com os números do Governo, deverá fornecer emprego a 45 mil jovens. O Programa tem um orçamento de 180 milhões de euros para 2010, tendo já colocado, até ao final de julho, 27 mil jovens em novos empregos.