Açoriano Oriental
Campanha Eleitoral
Candidatura Agir nos Açores quer moralizar políticos e terminar com "condicionamentos"
O cabeça de lista da coligação Agir pelo círculo dos Açores às legislativas defendeu hoje a moralização dos políticos em Portugal e o fim dos "condicionamentos" de que muitos eleitores são vítimas em meios pequenos como o arquipélago.

Autor: Lusa/AO Online

“É preciso voltar a moralizar os políticos, porque a política é uma atividade nobre”, afirmou Eduardo Pimentel Pereira, alegando que “as pessoas estão muito desiludidas com os políticos” atualmente.

A coligação Agir, que alia o MAS ao PTP, concorre pela primeira vez às eleições legislativas, a 04 de outubro, com a intenção de conseguir eleger pelo menos um deputado para a Assembleia da República.

O candidato pelo círculo dos Açores referiu que aos descrentes da política e dos políticos tem dito que a Agir concorre pela primeira vez e nunca esteve no poder: “Logo, somos virgens e sem vícios”.

Entre as principais bandeiras da candidatura está a realização de um referendo para retirar os corruptos dos cargos políticos, a criação de uma taxa sobre as grande fortunas e que sejam os banqueiros que criaram grandes dívidas a pagá-las.

Segundo Eduardo Pimentel Pereira, a Agir vai bater-se também pela “redução dos custos” na máquina do Estado, no parlamento e também na região, onde “se pretendem criar mais tachos como o de presidente dos Açores e governos de ilha”.

“Se for eleito, por exemplo, tenciono continuar a receber o meu atual ordenado de administrativo e não o vencimento de deputado em São Bento. Tem de haver moralidade”, afirmou o candidato, acrescentando que “está na política por gosto pessoal, sentido de missão cívica e não para ficar rico”.

A campanha eleitoral da Agir nos Açores decorrerá apenas na ilha de São Miguel, por falta de recursos financeiros para chegar às outras oito ilhas, e passa pela distribuição de panfletos e troca de ideias diretamente com os eleitores.

Eduardo Pimentel Pereira adiantou que a mensagem da Agir "tem tido boa aceitação", mas “há muitos eleitores que se sentem condicionados”, apesar de o voto ser secreto, dado que os principais empregadores públicos na região são o Governo dos Açores e as autarquias: “Este é um meio pequeno, onde todos se conhecem e quem sai fora dos parâmetros tidos por normais é visto de outra maneira”.

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