Açoriano Oriental
Cancelada reunião entre Estaleiros de Viana e embaixador da Venezuela
A reunião entre o embaixador da Venezuela em Lisboa e os representantes dos trabalhadores do Estaleiros de Navais de Viana do Castelo (ENVC), agendada para quinta-feira, foi cancelada devido à morte de Hugo Chávez.
Cancelada reunião entre Estaleiros de Viana e embaixador da Venezuela

Autor: Lusa/AO Online

"Fomos informados do cancelamento da audiência porque o senhor embaixador viaja amanhã (quinta-feira) para a Venezuela, devido à morte do Presidente Hugo Chávez. Em princípio, a nossa reunião terá lugar na próxima semana, em dia a confirmar", explicou à agência Lusa António Costa, coordenador da comissão de trabalhadores dos ENVC.

Esta audiência com Lucas Rincón Romero foi marcada há três semanas, a pedido dos trabalhadores, com o propósito de discutir o contrato para a construção em Viana do Castelo de dois navios asfalteiros.

Trata-se de um negócio de 128 milhões de euros, acordo rubricado com a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA) em 2010, durante a visita precisamente de Hugo Chávez aos estaleiros de Viana.

A construção continua contudo sem arrancar devido às dificuldades financeiras dos ENVC para adquirir material e face ao processo de reprivatização entretanto lançado, pelo que os trabalhadores temem que a empresa entre em incumprimento.

"Estamos preocupados com este contrato e pretendíamos ter alguma informação do senhor embaixador. Vamos ter de esperar mais algum tempo", disse ainda António Costa, recordando a intervenção de Hugo Chávez na concretização do acordo para este negócio.

"Hoje foi um dia triste na nossa empresa", admitiu, a propósito da morte do líder venezuelano.

O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.

Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo vice-Presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana, apesar dos protestos da oposição.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela anunciou que Nicolás Maduro assumirá formalmente as funções de Presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições.

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