Açoriano Oriental
Câmara de Marvão alerta para perigo de visitas a cratera com 100 metros de profundidade
A Câmara Municipal de Marvão alertou segunda-feira a população e visitantes para evitarem deslocações a um terreno onde ocorreu um fenómeno geológico, que provocou uma cratera com cerca de 100 metros de profundidade e 15 de diâmetro.
Câmara de Marvão alerta para perigo de visitas a cratera com 100 metros de profundidade

Autor: Lusa/AO Online

“Por uma questão de precaução, apelo para que as pessoas não façam visitas ao local. Tudo isto para salvaguardar a sua integridade, pois poderá haver uma nova derrocada”, avisou o presidente do município, Vítor Frutuoso.

O fenómeno geológico ocorreu na sexta-feira, junto à aldeia de Porto de Espada, numa propriedade privada, estimando as autoridades que a cratera tenha uma profundidade de cerca de 100 metros e um diâmetro de 15 metros.

“Estima-se que a profundidade chegue aos 100 metros. Este terreno particular está situado nas proximidades de uma zona onde foi extraída, há 20 anos, pedra para a construção da Barragem da Apartaduta, sendo esta área um local de origem calcária”, explicou o autarca, em declarações à agência Lusa.

De acordo com Vítor Frutuoso, a zona apresenta “muita instabilidade geológica”, por ser de origem calcária, presumindo que existam grutas no subsolo.

“Eu suponho que o abatimento de terras aconteceu porque existem grutas no subsolo”, disse.

O autarca explicou que, em redor da cratera, foi criado pelas autoridades um “perímetro de segurança alargado” e que o município de Marvão já solicitou à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) que acione mecanismos para ser apurada a origem do fenómeno.

Vítor Frutuoso recordou que, nos concelhos de Marvão e Castelo de Vide, no Alto Alentejo, este caso “não é isolado”, alertando que existe naquela região uma “instabilidade” ao nível do solo.

Para o autarca, que apelidou este caso como “único” devido às suas dimensões, é “importante” perceber o que se passou naquele terreno privado, temendo que possa vir a ocorrer, novamente, um caso idêntico nas proximidades do local onde surgiu a cratera.

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