Açoriano Oriental
Bispo de Porto diz que cidade vive um clima de "vendetta"
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, afirmou esta quarta-feira que a cidade vive um clima de "vendetta" que "corre o risco de continuar", numa alusão à sequência do homicídios de pessoas ligadas à segurança nocturna.

Autor: Lusa/AO online
      O prelado disse ser "óbvia" a comparação com as máfias de outros tempos, com "nomes novos para pecados velhos".

    "É um tipo de actuação, de meios, de mundo e de submundo que tende a ser, infelizmente, muito semelhante negativamente", comparou, em declarações à agência católica Ecclesia.

    "Compreendo que haja aqui um ineditismo. Não estávamos habituados a coisas assim, nem na repetição nem no género de crime, mas com certeza que as nossas autoridades estarão à altura de responder a este desafio", frisou D. Manuel Clemente.

    Para o prelado, "a cidadania livre, plena e desafogada requer um clima de segurança" e sua garantia "é o papel das autoridades".

    Um segurança foi assassinado ao final da noite de domingo em Gaia, sendo, segundo fonte policial, o mesmo homem que acompanhava o empresário da noite Aurélio Palha, morto a tiro no final de Agosto, no Porto.

    O crime de domingo à noite, em Gaia, ocorreu doze dias depois de um outro segurança ter sido abatido na zona ribeirinha da Alfândega.

    Entre os seis assassínios ocorridos no Grande Porto nos últimos seis meses, o caso mais mediático foi o do empresário Aurélio Palha, dono da discoteca "Chic", abatido a tiro a partir de um carro em andamento.

    A polícia ainda não anunciou detenções e o Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, nomeou hoje a procuradora Maria Helena Fazenda para dirigir e coordenar a investigação de todos os inquéritos relacionados com os homicídios e "alta violência contra pessoas" na noite portuense.

   
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