Nesta palestra, Paulo Heitlinger vai abordar a evolução de distintos alfabetos que encontramos no arquipélago, como os caracteres tipográficos do periódico O Agricultor Michaelense, as letras pintadas a pincel numa placa de azulejos, o reclamo luminoso de uma loja comercial, os caracteres hebraicos numa sinagoga ou a magnífica caligrafia da Chancelaria Real manuelina patente no manuscrito Livro das Ilhas.

O autor da palestra pretende, desta forma, “demonstrar que a caligrafia e a tipografia formam um património deveras valioso, pois que nos une a muitos outros centros culturais e comerciais”.

Para além do interesse histórico, o estudo das letras forma uma sólida base de orientação para todos os profissionais que hoje concebem marcas, logótipos e sinaléticas, mas também para aqueles que desenham revistas, jornais e publicações multimédia.

A qualidade das letras, que assenta nos vetores de "estética" e "legibilidade", é hoje aceite como uma base essencial do Design de Comunicação.

Paulo Heitlinger, jornalista e investigador, publicou vários livros sobre Tipografia, Caligrafia e História da Escrita, sendo considerado atualmente o perito português mais competente nestas áreas.

O autor desta palestra, que é também designer de comunicação e docente universitário, já produziu, enquanto 'typeface designer' cerca de uma centena de fontes digitais.

A palestra “As formas das letras nos Açores - Apontamentos sobre Caligrafia, Tipografia e Epigrafia” conta com a colaboração do Instituto Cultural de Ponta Delgada e do Museu Carlos Machado e com o apoio da Nova Gráfica.