Açoriano Oriental
Política
Berta Cabral acusa governo de se acomodar a orientações de Lisboa para "não criar ondas"
A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, acusou hoje o governo regional socialista de “atirar dinheiro” para os problemas, em vez de procurar soluções sustentadas, acomodando-se às orientações de Lisboa para “não criar ondas”.
Berta Cabral acusa governo de se acomodar a orientações de Lisboa para "não criar ondas"

Autor: Lusa/AO online

“Perante as dificuldades, os nossos governantes acomodaram-se às imposições nacionais para não criarem ondas e ficaram a remar contra a maré, desvalorizando a situação que entretanto se agravou”, afirmou a líder regional social democrata. Berta Cabral, que discursava no encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD/Açores, em S. Jorge, questionou “onde está a suposta influência nacional” dos socialistas açorianos, frisando que “é nos momentos difíceis que a liderança se impõe e a solidariedade se exige”. Num longo discurso, a líder do PSD/Açores dedicou especial atenção às questões económicas, recordando que o arquipélago vive “um momento difícil”, por ter uma “economia demasiado aberta” para não sentir os efeitos das variações nos mercados internacionais. “Não faz sentido ocultar a realidade aos açorianos, eles sentem as dificuldades na pele”, frisou Berta Cabral, defendendo que “não vale a pena fazer de conta que a crise não existe, nem iludir as pessoas com a ideia de que as dificuldades decorrem apenas da conjuntura externa”.  Para a líder do PSD/Açores, “o governo regional não pode sacudir a água do capote porque tem muitas culpas no cartório”, acusando o executivo socialista de se limitar a “atirar dinheiro para os problemas em vez de encontrar as soluções sustentáveis”. Berta Cabral considerou que as medidas lançadas pelo executivo regional “revelaram-se ineficazes para a sustentação da economia açoriana”, anunciando que o PSD vai apresentar na próxima semana no parlamento regional uma proposta para a criação de uma “linha de crédito para regularização de dívidas das empresas a nível fiscal e das contribuições” para a segurança social.  “O crédito concedido deverá ter um período de amortização de cinco anos, com um ano de carência”, afirmou, acrescentando que esta linha de crédito “deve prever o pagamento integral dos respetivos encargos financeiros por parte do governo regional”. Esta medida “permitirá que muitas empresas regularizem a sua situação contributiva, acedam a novos negócios e recebam por trabalhos já executados, ao mesmo tempo que ganham condições para se candidatarem aos apoios públicos disponíveis para o relançamento da economia”. No encerramento das jornadas parlamentares que decorreram em S. Jorge, Berta Cabral dedicou ainda alguma atenção aos problemas desta ilha açoriana, onde as cooperativas de lacticínios são a base da economia local. Para Berta Cabral, torna-se necessário adotar medidas que permitam “ajustar os rendimentos dos lavradores, que estão congelados há 10 anos”.

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