Autor: Lusa/AO online
O golo solitário do avançado argentino Javier Saviola, no início da segunda parte, foi suficiente para a formação da Luz impor a primeira derrota caseira da época ao Rio Ave, que ainda assim mantêm o oitavo lugar da classificação.
Os “encarnados” só conseguiram sublinhar a sua superioridade no segundo tempo, muito graças à criatividade de Saviola, depois de uma etapa inicial pautada pelo equilíbrio.
Nessa fase, o Benfica entrou em campo com timidez, permitindo aos donos do terreno forçarem um equilíbrio nos minutos iniciais, mostrando organização no meio-campo e impedindo a criatividade dos visitantes.
Preso na coesa teia montada pelos anfitriões, o Benfica encontrou muitas dificuldades para chegar à baliza de Mora, o que precipitou um futebol muito batalhado na intermediária.
Ainda assim, os nortenhos mostravam melhor adaptação ao frio dos Arcos e, explorando a velocidade das alas, com Bruno Gama e Sidnei em destaque, tentavam servir o irrequieto veterano avançado João Tomás.
Só à passagem da meia hora a formação da Luz começou a mostrar-se, com Cardozo e Saviola, em jogada de insistência, a testarem os bons reflexos de Mora.
A resposta dos da casa, e numa altura em que jogo ganhava mais velocidade, surgiu no lance seguinte, quando Sidnei aproveitou um tremendo erro de Maxi Pereira para recuperar a bola, mas falhar, por pouco, o remate à baliza de Quim.
Depois da toada de equilíbrio do primeiro tempo, surpreendeu a entrada de rompante dos “encarnados” na etapa complementar, sublinhada com o golo de Saviola.
Aos 47 minutos, o argentino aproveitou alguma displicência da defesa caseira para inaugurar o marcador, sem oposição e na sequência de um canto desviado por Cardozo.
Galvanizados pelo tento, os pupilos de Jorge Jesus passaram a surgir mais vezes na área vila-condense, aproveitando alguma desconcentração dos nortenhos nas alas.
Carlos Brito percebeu o atrevimento contrário e lançou mais duas unidades ofensivas, Adriano e Chidi, numa mexida sem grandes efeitos práticos para os vila-condendeses, pois continuava a ser o Benfica a criar maior perigo, já com Aimar em campo a dar outra dinâmica à equipa.
Embora em crescendo, os benfiquistas conformaram-se com a vantagem mínima, controlando, até ao final, as ténues tentativas do Rio Ave.