Açoriano Oriental
Liga Europa
Benfica consegue valioso empate a um em Berlim
O Benfica falhou hoje o primeiro triunfo da sua história na Alemanha, mas conseguiu um valioso empate no reduto do Hertha de Berlim (1-1), na primeira “mão” dos 16 avos-de-final da Liga Europa em futebol
Benfica consegue valioso empate a um em Berlim

Autor: Lusa/AO online
O Benfica empatou (1-1) hoje em Berlim, com o Hertha, em jogo da primeira “mão” dos 16 avos-de-final da Liga Europa em futebol, resultado lisonjeiro e bem melhor do que a exibição produzida pelos "encarnados".

Quando Di Maria, logo aos quatro minutos, abriu o marcador com o pé direito, na sequência de um passe magistral de 30 metros de Carlos Martins, executado com o pé esquerdo, não se imaginava que o Benfica sentisse tantas dificuldades para travar o último classificado da Liga alemã.

Nem mesmo quando Javi Garcia, aos 33 minutos, assinou um auto-golo na sequência de uma jogada aparentemente inofensiva do ataque germânico, se imaginou que o Benfica chegasse ao fim do jogo em sérias dificuldades para segurar o empate.

Tantas que o próprio Jorge Jesus sentiu necessidade de mexer na equipa a sete minutos do final do tempo regulamentar para segurar o 1-1, que é um bom resultado em campo alheio nas provas da UEFA, ao sacrificar uma unidade ofensiva como Saviola por um defesa central (Miguel Vítor).

O Benfica marcou cedo e dominou o jogo durante a primeira meia hora, impondo o seu futebol versátil e criativo, com constantes triangulações e trocas de bola em progressão que baralharam os alemães, que demoraram a refazer-se do golo madrugador de Di Maria.

O auto-golo de Javi Garcia funcionou como um "clique" para a equipa do Hertha, até aí temerosa e insegura, ao ganhar confiança e soltar-se, passando a criar problemas para o último reduto dos "encarnados".

Na segunda parte, houve uma grande penalidade que ficou por marcar sobre Ramires, rasteirado na área alemã, mas esse lance foi o "canto do cisne" do Benfica no jogo, já que o Hertha passou a deter claro ascendente até final.

O meio-campo dos "encarnados" deu um autêntico "estoiro", sobretudo Carlos Martins e Ramires, enquanto Di Maria, muito activo na primeira parte, "perdeu gás", deixando na frente Saviola e Cardozo muito desacompanhados.

Jesus tentou compensar esse défice físico dos seus médios com a entrada simultânea de Felipe Menezes e Pablo Aimar, em detrimento de Ramires e Carlos Martins, mas sem resultados palpáveis, já que ambos denotaram dificuldades em "apanhar o ritmo" do jogo, nessa altura elevado.

O Hertha foi crescendo à medida que o jogo caminhava para o fim, perante um Benfica cada vez mais recuado e em dificuldades para suster o caudal ofensivo dos alemães, que só não teve consequências por imperícia na finalização dos seus avançados e por duas intervenções de grande nível do guarda-redes Júlio César.

Aos 55 minutos, Nicu, só com o guarda-redes do Benfica pela frente, fez o mais difícil: acertar no poste.

Aos 57 e 62 minutos, Júlio César susteve dois remates que levavam o "selo" de golo, o primeiro por Raffael, de fora da área, e o segundo, uma cabeçada dentro da área de Ramos.

O Benfica, contra a corrente do jogo, ainda beneficiou aos 64 minutos de soberana ocasião, quando um jogador alemão ao tentar aliviar um rechaço da sua defesa recolocou a bola na área, onde estavam três jogadores "encarnados", Saviola, Cardozo e David Luiz, que se atrapalharam mutuamente na tentativa de fazer o segundo golo, só com o guarda-redes alemão pela frente.

O último terço do jogo pertenceu ao Hertha, que aparentou maior frescura e confiança em chegar ao segundo golo, e foi penoso para o Benfica, que terminou a partida em sérias dificuldades para manter o 1-1.

Depois do recente empate (1-1) no Bonfim e da vitória tangencial sobre o Belenenses, ambos para a Liga portuguesa, o Benfica voltou a denotar falta de frescura física, numa altura em que a época entra na fase decisiva.

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