Autor: Lusa/AO Online
"O Porto é um dos distritos mais afetados pelo desemprego e o Bloco de Esquerda quer concentrar-se sobre as questões mais importantes", explicou Francisco que Louçã que esteve na Rua de Santa Catarina, na cidade portuense, a recolher assinaturas para uma petição, que segundo o líder bloquista já tem "muitos milhares" de subscritores.
O líder do BE garantiu que o partido propôs e voltará a propor "agora na especialidade no orçamento que, no corte ao despesismo, se faça um esforço por responder às pessoas que tem mais dificuldades".
A petição do bloco defende o acesso ao subsídio de desemprego a pessoas com seis meses de desconto no último ano, pedindo "mais apoio e regras justas".
"Já há muitos milhares de assinaturas e queremos representar uma parte da opinião pública de pessoas desempregadas mas sobretudo, até de pessoas que não estando desempregadas, sentem que os seus filhos se qualificaram, têm um curso e vão ter trabalho precário, ou jovens que têm que emigrar porque não têm emprego ou pessoas que tem 55 anos e perderam o trabalho", explicou Louçã.
O líder do bloco avançou que pretende "que a verdade de vida das pessoas fale na Assembleia da Republica e que haja esse testemunho direto para que o Governo perceba que são necessárias respostas.
"As respostas são um controlo público destas contas e mais atenção, mais rigor e mais exigência", sustentou.
Ciente de que "há um apodrecimento da situação política e social em Portugal, com múltiplos episódios e confusões judiciárias", o líder do BE crê que "é a altura de olharmos para o essencial que é a vida das pessoas".
"Há nas próximas três semanas uma discussão intensa sobre os detalhes do orçamento na especialidade, e nesse contexto nós apresentaremos as nossas propostas, entre as quais, das mais importante será o pacote de redução de despesas absurdas do Estado", disse Louçã.