Açoriano Oriental
BE/Açores questiona Governo Regional sobre legionella no hospital da Horta
O Bloco de Esquerda questionou hoje o Governo açoriano sobre a presença de legionella no hospital da Horta, ilha do Faial, e quer conhecer as medidas que "estão a ser implementadas no imediato para lidar com a infeção".
BE/Açores questiona Governo Regional sobre legionella no hospital da Horta

Autor: Lusa/AO Online

No pedido de resposta escrita ao executivo açoriano, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, a representação parlamentar do BE quer também saber se “vai ser necessário proceder à transferência de utentes para outras unidades hospitalares” e se há profissionais de saúde ou utentes que tenham sido infetados com ‘legionella’.

No requerimento, assinado pela deputada única do BE na Assembleia Legislativa Regional, Zuraida Soares, o partido pergunta sobre quando pode “estar ultrapassada a infeção com ‘legionella’" e que “medidas vão ser implementadas para debelar a possibilidade de surgimento de nova infeção” naquele hospital.

Uma análise de rotina ao sistema de águas do hospital da Horta detetou a presença de ‘legionella’ na canalização, mas nenhum doente foi infetado, disse hoje a diretora clínica da unidade.

Fátima Pinto afirmou à agência Lusa que “não se trata de um surto” de ‘legionella’, na medida em que “nenhum doente foi infetado”, adiantando terem já sido realizadas desinfeções ao sistema de água para evitar que pacientes ou profissionais de saúde possam vir a ser infetados.

“Não é um surto de ‘legionella’. Um surto tem a ver com a infeção de vários doentes, coisa que não tivemos. É apenas e só uma contaminação das águas do hospital da Horta, no edifício velho”, esclareceu a profissional de saúde.

A ‘legionella’ é uma bactéria que, quando inalada, pode provocar infeções respiratórias graves e até mesmo a morte, como aconteceu, em novembro de 2014, em Vila Franca de Xira, onde foram infetadas 400 pessoas, 12 das quais acabaram por morrer.

A diretora clínica em funções do hospital da Horta considerou que o caso agora detetado “não é grave” e garantiu que já foram tomadas “as medidas de precaução adequadas” para evitar que os doentes estejam expostos à bactéria.

“Evitaram-se os banhos. Os doentes passaram a tomar banho no bloco novo e houve uma preocupação no sentido de evitar que os doentes estejam expostos a vapores ou a nebulizações que possam ter água das torneiras”, declarou Fátima Pinto.

O conselho de administração do hospital da Horta tem estado em contacto com a Direção-Geral da Saúde e divulgou, entretanto, um comunicado interno a alertar para os procedimentos a adotar nestes casos.

Entretanto, já chegou ao Faial uma equipa de técnicos do INOVA para proceder à recolha de análises nos locais contaminados, para serem posteriormente analisados em laboratório.

 

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