Açoriano Oriental
BE/Açores quer Vasco Cordeiro em defesa dos trabalhadores da PT/Meo na região

A deputada do Bloco de Esquerda Zuraída Soares anunciou hoje que vai avançar no parlamento regional com uma iniciativa a solicitar ao presidente do Governo dos Açores para defender os 216 trabalhadores da PT/Meo na região.

BE/Açores quer Vasco Cordeiro em defesa dos trabalhadores da PT/Meo na região

Autor: Lusa/AO Online


“Vamos avançar com uma iniciativa em setembro, na abertura do novo ano parlamentar, a solicitar ao Governo Regional, designadamente ao seu presidente, que interceda de todas as formas possíveis junto do Governo da República e do primeiro-ministro para que a indignação que este há tempos demonstrou, relativamente a este faroeste laboral, se concretize numa ação prática”, declarou a parlamentar aos jornalistas.

Zuraída Soares recebeu em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na delegação da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, os dirigentes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTAV) para tomar conhecimento da situação dos empregados da PT/MEO nos Açores.

A parlamentar referiu, por outro lado, que o Bloco vai solicitar à Inspeção Regional do Trabalho o último ato inspetivo feito à empresa, na ilha de São Miguel, onde se localizam a maior parte dos trabalhadores, para perceber se foi “visto o que se está a passar”.

José Correia, dirigente do SINTAV, funcionário da PT há 30 anos, manifestou a sua “preocupação com o que se está a passar na empresa a nível nacional" e que "também se reflete nos Açores com estes despedimentos encapotados, baseados em dois artigos do Código do Trabalho".

“Afirma-se que o objetivo é criar e salvaguardar emprego, mas a Altice está a desvirtuar o espírito destes artigos”, declarou o sindicalista, que salvaguardou que se está perante “despedimentos fraudulentos”.

“As pessoas vão para outras empresas que foram criadas recentemente, cujo capital social é de 50 mil euros, o valor de um automóvel, e, caso estas entrem em insolvência, estes trabalhadores que são transferidos e vão fazer parte dos seus quadros deixam de ter qualquer garantia indemnizatória”, referiu.

José Correia afirmou que foi entregue ao presidente do Governo dos Açores, bem como à presidente do parlamento regional, um documento onde o sindicato “alerta para esta situação” e “transmite as suas preocupações”.

Segundo o sindicalista, o documento será depois entregue aos partidos com assento parlamentar, por quem espera que a direção do SINTAV seja recebida.

Entretanto, perto de quatro dezenas de trabalhadores e sindicalistas da PT/Meo protestaram hoje junto ao Conselho de Ministros, em Lisboa, contra a transferência compulsiva para outras empresas e prometeram mais "luta", após o primeiro-ministro não os ter recebido.


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